Que país é este em que ministro de estado Patrus Ananias (PT), de Desenvolvimento Agrário bate boca com um cidadão, que diz ser empresário e ainda confessa, em público, que sonega impostos? Que país é este em que o partido do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), avisa quer distância do governo. E tudo indica que este afastamento da presidente Dilma Rousseff (PT), alvo de pedidos de impeachment, será aprovado no Congresso que os peemedebistas fazem na semana que vem.
E, já que falamos em impeachment, que país é este em que o responsável por dar andamento ao pedido – ou não – é alvo de processo de cassação do mandato? E o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), guarda os processos como arma para escapar de ser punido por seus pares na Casa. E faz ouvidos moucos às sucessivas manifestações da opinião pública contra ele, que se espalharam país afora e estão atraindo cada vez mais brasileiros indignados, que o chamam de “sem-vergonha”.
Que país é este em que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, diz a empresários que “a vida seria mais fácil” com a volta da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF). Mais fácil para quem, cara-pálida? Para os milhões de brasileiros que estão perdendo o emprego? Em um país que tem uma das maiores cargas tributárias do mundo, é preciso encontrar outras soluções. Não foram eles que quebraram o governo só para ganhar a eleição, já que medidas deveriam ter sido tomadas no meio do primeiro mandato da presidente Dilma?
E, por fim, o governo alerta que cortes no projeto de Orçamento da União propostos pelo relator Ricardo Barros (PP-PR) afetariam 5 milhões de pessoas, 2,9 milhões só em São Paulo, estado governado pelo tucano Geraldo Alckmin. É mais uma chantagem. por Eduardo Homem de Carvalho
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