Durante todo este mês, diversos países buscam conscientizar a população masculina sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento do câncer de próstata, por meio da campanha Novembro Azul. Devido a comentários equivocados de leitores, que associaram a enfermidade a doenças sexualmente transmissíveis, o Bahia Notícias decidiu explicar como pacientes desenvolvem a doença e a importância de vencer o preconceito que envolve o exame de triagem.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), são esperados cerca de 68 mil novos casos da doença no Brasil anualmente. "O principal fator de risco para o câncer de próstata é a idade. Mais de 60% dos casos são em indivíduos com idade superior a 65 anos. Pode acontecer após os 50 anos, principalmente em quem tem histórico familiar", explicou o chefe do Serviço de Urologia do Hospital Santa Izabel, Humberto Ferraz. Quando diagnosticados precocemente, o Inca aponta que 90% dos casos têm chance de cura. Para isso, todos os homens acima de 50 anos devem passar pelo exame de sangue chamado PSA e pelo toque retal.
No caso de histórico familiar, a avaliação deve ser feita por volta dos 45 anos. "A partir da década de 1990, aumentou muito o número de diagnóstico do câncer de próstata com a associação dos dois exames", disse o especialista. Quanto a fatores externos, Ferraz afirmou que não há nada comprovado e não citou ligação alguma com doenças venéreas. "O que se sugere é com relação à alimentação, mas não há nenhuma recomendação de suprimir alimentos para prevenir o câncer de próstata".
Ainda segundo o urologista, a enfermidade é mais frequente, estatisticamente, entre negros, mas ainda não há explicações quanto a isso. Quanto ao tratamento, casos diagnosticados em fase inicial são encaminhados para cirurgia e radioterapia. Já os diagnósticos em fase avançada passam apenas por tratamento paliativo. "Quando o câncer de próstata é diagnosticado em fase inicial, quando ainda não há sintomas, quando está restrito ao interior da próstata, há possibilidade de cura.
Quando ele já apresenta sintomas, como dificuldade para urinar, jato mais fraco, dores na região pélvica ou até dores ósseas e de coluna, já está em uma fase mais avançada. Nesse caso, o tratamento será mais paliativo", alertou.Fonte:Bahia Noticias
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