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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Delcídio é ex-PSDB, ex-ministro de Itamar, ex-diretor da Petrobras de FHC, líder do PT e envolvido com o PMDB

Preso pela Policia Federal nesta quarta-feira (25), o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) está em seu segundo mandato consecutivo como senador.

Até então, líder do governo no Senado, pois após os seus pares decidirem que ele deverá ser mantido preso, o governo já busca outro nome para indicar como líder. Delcídio já é visto como ex-líder do PT.

Carreira
Antes de ingressar na politica, Delcidio trabalhou como diretor da Shell na Holanda. Ele também foi presidente da Eletrosul e do Conselho de Administração da Companhia Vale do Rio Doce.

Durante o governo Itamar Franco, foi secretário executivo do Ministério de Minas e Energia. Em setembro de 1994, foi nomeado ministro de Minas e Energia, cargo que ocupou até o fim do governo Itamar.

Logo após Delcídio do Amaral ter deixar a pasta de Minas e Energia, ele assumiu a diretoria de Gás e Energia da Petrobrás no governo Fernando Henrique Cardoso. Em 1998, filiou-se ao PSDB, onde ficou até 2001. O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em delação premiada disse que “ouviu dizer” que Delcídio teria recebido propina quando era diretor de Gás e Energia da Petrobras, mas o STF arquivou um pedido de investigação contra o senador. (Veja Aqui).

No ano em que se desfiliou do PSDB, Delcídio migrou para o PT, partido pelo qual elegeu-se senador em 2002 e em 2010. No Senado, o petista presidia a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

De todos os governos que participou, foi no PT onde Delcício teve menos espaço, já que nos anteriores foi secretário executivo, ministro e diretor da Petrobras. No governo petista não ocupou nenhum cargo e somente em abril passada ele foi indicado a líder do governo no senado.

Preso
Delcídio foi detido nesta quarta (25), pela Polícia Federal (PF), acusado de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Em uma gravação, ele oferece R$ 50 mil mensais à família de Nestor Cerveró para tentar convencer o ex-diretor da área internacional da Petrobras a não fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).

Lava Jato
Delcídio foi citado pela primeira vez na Lava Jato na delação do lobista conhecido como Fernando Baiano. No depoimento, Baiano disse que Delcídio recebeu US$ 1,5 milhão de dólares de propina pela compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Delcídio e o PT
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, divulgou nota nesta quarta-feira (25) na qual afirmou estar perplexo com os fatos que levaram à prisão do líder do governo no Senado. Para Falcão, os fatos atribuídos ao senador não têm relação com o PT e, por isso, o partido não se vê obrigado a qualquer “gesto de solidariedade” a Delcídio.

“Nenhuma das tratativas atribuídas ao senador têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado. Por isso mesmo, o PT não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade”, afirmou o PT na nota.

Só faltou o presidente do PT dizer: “O problema dele é com o PMDB”.

Relação com o PMDB
Delcídio também foi citado em outro contrato da Petrobras, que trata do aluguel de navios-sonda para a estatal.

Segundo Baiano, houve um acordo entre Delcídio, o atual presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Jader Barbalho (PMDB-PA) e o ex-ministro Silas Rondeau, também filiado ao PMDB, para dividir entre si suborno de US$ 6 milhões.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também é outro acusado de recebeu propina no valor de US$ 5 milhões para permitir a contratação de navios-sonda pela Petrobras. Delcídio e todos do PMDB negam as acusações.

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