Recentemente, o sistema S, através do SEBRAE, fez mutirões em todo o Brasil, além de permanentemente, procurar formalizar milhões de autônomos, transformando-os em microempreendedores. Conforme o SEBRAE, em setembro último, o número de microempreendedores individuais atingiu 5,45 milhões. O microempreendedor é o empresário mais só um funcionário, pagando tributos de forma simplificada e barata, podendo emitir nota fiscal e obter crédito beneficiado. Entretanto, conforme a PNAD Contínua o desemprego aberto no País está em 8,7% da população economicamente ativa. Devido à forte recessão é esperado que referida taxa atinja a 10% até o final do ano. Nos doze meses até agosto o total de novos trabalhadores autônomos triplicou, para 927 mil pessoas, segundo a citada PNAD Contínua. Nos 12 meses imediatamente anteriores, o incremento havia sido de 328 mil. O IBGE calculou que o Brasil já conta com um contingente de 22,15 milhões de trabalhadores sem patrão. O IBGE ainda afirma que o número de trabalhadores por conta própria tende a avançar em ritmo ainda mais acelerado, perante a extensa recessão de dois anos. A Agência Globo, baseada em projeções do economista Sérgio Vale, da MB Associados, estima que, até dezembro do próximo ano, o grupo de autônomos atingirá 23,5 milhões. Ele ainda projeta para 2016 uma queda de – 1,5% do PIB e de superior a – 3% neste ano. A taxa de desemprego de agosto, conforme o IBGE, de 8,7%, seria ainda maior caso não houvesse ocorrida a elevação do número de trabalhadores por conta própria.
O grau de informalidade cresceu muito no País. O IPEA calcula que é junho ele foi de 44,67%. Quer dizer, quase metade da população ocupada não conta com a proteção das leis trabalhistas, não recebem 13º salário, FGTS, férias, não contribuem para a previdência social.
Pessoas qualificadas que perderam o emprego poderão ser inovadores, sendo um movimento positivo para o País. Porém, o aventureirismo torna mais difícil a vida dessas famílias. por Paulo Brito
Nenhum comentário:
Postar um comentário