Agora tudo é tão fácil, basta procurar um tube pornô e pronto, já encontramos vaginas, pirocas, peitos, bundas e todos os demais elementos dessa festança sem roupa.
Mas você já parou para pensar sobre como esses vídeos podem afetar a cabeça? Me refiro à cabeça pensante, não a pulsante.
Um estudo realizado pelo Max Planck Institute for Human Development e encabeçado por Simone Kühn e Jürgen Gallinat, mostra como nosso cérebro reage quando consumimos aquele pornozão maroto.
A pesquisa avaliou a relação entre horas desprendidas em websites adultos e o volume de massa cinzenta contida no cérebro dos participantes desse experimento. Foi encontrada uma relação negativa entre a pornografia e uma região chamada porstriatum, que é responsável pelo sistema de recompensa.
Notou-se também que o alto consumo de vídeos adultos diminui a comunicação entre essa área de recompensa e o pré-córtex, que juntos administram motivações e comandam desejos.
Por consequência, quanto maior é o consumo, maiores estímulos são necessários para que esse sistema seja ativado. Além disso, quanto mais vídeos os voluntários assistiam, menor era o volume de striatum.
Dessa maneira, os pesquisadores concluíram que a queda dessa conectividade é um sintoma de uma experiência dependente – e isso é mais sério do que suspeitávamos.
DEPENDÊNCIA, IGUAL QUALQUER DROGA
E para completar o combo, a Cambridge University realizou uma pesquisa, divulgada no Your Brain On Porn, afirmando que consumidores de pornografia e dependentes químicos possuem o mesmo comportamento frente a seu consumo, pois ambos procuram por estímulos maiores.
Entretanto, eles não fazem isso porque querem e sim porque precisam.
O assunto é tão sério que tem uma galera financiando fundos no Indiegogo para fazer o documentário Rewired: How Pornography Affects The Human Brain(Religado: Como a Pornografia afeta o cérebro humano). Veja o vídeo:
A MULHER OBJETO
E vamos além, segundo outro estudo realizado pela Université libre de Bruxellese divulgado pelo Psychological Science, quando vemos uma mulher, não a enxergamos como mulher.
Nesse estudo, que envolve a objetificação sexual, o time de estudiosos composto por Philippe Bernard, Sarah Gervais, Jill Allen, Sophie Compomizzi e Olivier Klein criou um cenário para entender como nosso cérebro identifica coisas e pessoas.
O grupo compreendeu que apresentando imagens de pessoas e objetos, de cabeça para baixo, seria uma boa maneira para avaliar o comportamento cerebral, pois, de acordo com eles, o reconhecimento de pessoas torna-se mais complicado do que de objetos, quando estão nessa situação.
Assim, os pesquisadores submeteram um grupo de pessoas, de ambos os sexos, a observarem uma série de imagens de homens e mulheres sensuais e em trajes de banho, tanto na posição normal quanto de cabeça para baixo.
Quando apresentaram fotos de homens, em posição invertida, seu reconhecimento foi mais difícil. Isso mostrou que eles são vistos como pessoas. Entretanto, quando chegou a vez das mulheres, a conversa foi outra, pois independente da posição em que as imagens eram apresentadas, sua identificação era muito mais rápida.
Isso reforçou a ideia de que mulheres sensuais são vistas como objetos. Mas, esse padrão de reconhecimento não se restringe somente a ala masculina, já que as mulheres analisadas nesse estudo também tiveram o mesmo comportamento.
E de acordo com uma pesquisa realizada pela Princeton University, publicada noThe Guardian, quando vemos imagens de mulheres sensuais, regiões do nosso cérebro que são utilizadas quando estamos utilizando algum tipo de ferramenta, são ativadas.
CONCLUSÃO
Com todas essas informações, podemos concluir que estar exposto a muita pornografia pode alterar a maneira como vemos e recebemos o sexo, e muito pior, como percebemos o outro em uma relação. Nesse caminho nunca estaremos satisfeitos com alguém, da forma como aquele vídeo satisfaz. Afinal, tudo faz mal, quando em excesso.
Que tal desligar um pouco o computador e ler um livro?
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