A queda do poder de compra e o aumento do nível de endividamento por conta dos reflexos da inflação estão interferindo na capacidade das famílias de manter seus filhos no ensino privado. De acordo com dados da Secretaria de Educação Estadual da Bahia, nas escolas estaduais, dos 934.097 mil alunos matriculados este ano, pelo menos 14.198 deles vieram de escolas particulares. No ano passado, foram 11.681 transferidos, um aumento de 21,54%. Só em Salvador, este ano foram feitas 5.735 matrículas de alunos que eram de escolas particulares na rede pública estadual. Esse movimento reflete a situação econômica do país. Um estudo realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que ouviu, no final do primeiro semestre, 2.002 pessoas em 141 municípios, entre eles Salvador, indica que 13% dos entrevistados transferiram os filhos da escola particular para a escola pública na tentativa de salvar as contas. Para a economista responsável pela pesquisa Maria Carolina Marques, até chegar a uma atitude mais drástica de trocar o filho de escola, o brasileiro tenta cortar antes outras despesas. “Ele passa a pesquisar mais os preços, reduzir as despesas da casa e as atividades de lazer. Quando ele chega na escola particular é porque realmente não está tendo condições de arcar com o este compromisso”, explica. Ainda que seja uma despesa que faz a diferença no orçamento familiar, para a economista, a educação continua sendo prioridade. “Por isso, os pais relutam tanto em cortar. A escola costuma ser uma prioridade para a família, mas pesa muito no orçamento”, acrescenta. Leia mais...
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