por: Ionara Peixoto
Em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, a presidente Dilma Rousseff pediu mais tempo para que entregar tudo prometido durante a campanha eleitoral de reeleição no ano passado. "Em nove meses desde a eleição, nós não conseguimos implementar o que prometemos para o segundo mandato. Eu digo: nos dê mais tempo e então nós poderemos alcançar as expectativas", disse a petista. Segundo informações do jornal O Estado de São Paulo, na entrevista, publicada nesta sexta-feira (21), Dilma afirma ainda que o Brasil deve enfrentar a recessão por mais “seis a no máximo 12 meses” e admite que “ninguém vai passar sem ajustes dolorosos” após esse período. "Nós não vamos progredir tão rápido como na década passada.", prevê. A presidente também foi questionada sobre uma possível elevação das taxas de juros nos Estados Unidos e demonstrou confiança de que o Federal Reserve (banco central americano) tomará as medidas "com cautela e no ritmo certo, de modo a não incentivar a instabilidade". Para Dilma, os países precisam se aliar para lidar com a crise econômica. Ela comentou que o ajuste da China deve afetar o mercado de commodities por mais algum tempo e sugeriu que o G20 (que reúne as 20 maiores economias do mundo) deve ter papel importante para coordenar essas políticas. A entrevista abordou pouco os casos de corrupção na Petrobras. "Nós não queremos criminalizar as empresas ou puni-las coletivamente. Nosso modelo é o dos Estados Unidos, que punem os responsáveis e as empresas seguem em frente", destacou.(BN)
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