Do UOL, em São Paulo*Getty images
No segundo trimestre de 2015, o número de spams no tráfego de e-mail mundial diminuiu de 59,2% para 53,4%
Embora o número de e-mails maliciosos disparados tenha sofrido uma ligeira queda mundial no segundo trimestre de 2015, o Brasil se manteve no terceiro lugar do ranking dos países mais atacados, segundo relatório da empresa de segurança digital Kaspersky.
Responsável por 6,04% dos e-mails maliciosos disparados no período, o Brasil ficou atrás apenas do Reino Unido (6,31%) --antigo líder-- e da Alemanha (19,59%) --que pulou da quarta posição para a liderança. O país alemão registrou uma em cada cinco detecções do antivírus.
Os Estados Unidos (5,03%), que são sempre muito visados por e-mails maliciosos, ficaram em quatro lugar. Já a Rússia (4,74%), que estava em 10º lugar no trimestre anterior, subiu para a quinta posição.
No geral, como apontou o relatório, o número de spams no tráfego de e-mail diminuiu de 59,2% para 53,4% em comparação com o trimestre anterior. O índice representa uma queda de 5,8 %. E a maior parte das mensagens maliciosas enviados foi baseada em eventos reais, tais como o terremoto no Nepal, as eleições presidenciais na Nigéria e os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro.
Algumas pediam doações para ajudar as vítimas do terremoto no Nepal. Em outros casos, os fraudadores ofereciam US$2 milhões para atrair os destinatários, que supostamente receberiam esse valor como compensação do recém-eleito presidente da Nigéria. Outros e-mails eram avisos falsos de prêmios que incluíam ingressos para assistir aos Jogos Olímpicos no Brasil em 2016, em uma tentativa de persuadir os destinatários a fornecer dados pessoais antes de receber a premiação.
"Os remetentes de spam usaram eventos trágicos para ludibriar suas vítimas. Essa tática já foi usada antes, mas, com a ampla cobertura dada pela imprensa internacional a eventos como o terremoto no Nepal, aumenta a probabilidade dessas mensagens terem maior repercussão entre destinatários solidários", informou Tatyana Shcherbakova, analista de spams da Kaspersky Lab.
Para se proteger, Tatyana recomenda que os usuários não abram e-mails de remetentes desconhecidos. "Não clique nos links nem abra os anexos contidos nesses e-mails. Alguns fraudadores tentam fazer o nome e o endereço do remetente parecerem mais legítimos, por isso, esta dica é mais importante do que nunca".
Fontes de spam por país
O Estados Unidos (14,59%) e a Rússia (7,82%) continuaram sendo as principais fontes de spam. A China ficou em terceiro lugar, com 7,14% dos spams do mundo. Em seguida, vieram Vietnã (5,04% contra 4,82% no primeiro trimestre), Alemanha (4,13%, contra 4,39% no primeiro trimestre) e Ucrânia (3,90% , contra 5,56% no primeiro trimestre).
Dentre os países da América Latina, no segundo trimestre desse ano, Argentina (2,4%), Brasil (2,21%) e México (1,78%) estiveram entre os 20 principais países fonte de spam no mundo.
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