Por Leonardo Rocha - Assim como quase todos os assuntos da vida, não é preciso procurar muito para encontrar autodeclarados especialistas em cerveja espalhando mentiras e mitos a respeito da bebida. Isso acabou se tornando algo tão comum que algumas dessas lorotas acabaram se espalhando pela sociedade afora e acabaram sendo consideradas como fatos verdadeiros. www.megacurioso.com.br
No entanto, a verdade é que esses erros comuns muitas vezes causam justamente os efeitos que procuravam evitar, fazendo com que você não somente não consiga aproveitar a sua gelada como gostaria, mas também acabe desperdiçando seu suado dinheirinho. Caso você queira evitar mais gastos desnecessários, não deixe de conferir a seguir os três mitos mais acreditados a respeito da cerveja.
De acordo com Tim Kelly, o mestre cervejeiro da Tun Tavern, nos EUA, a maioria das cervejas geladas não sofre problema algum simplesmente porque voltaram à temperatura ambiente. Segundo o profissional, o fator que faz com que a bebida fique com um gosto estranho e um odor desagradável na verdade é a exposição a certos tipos de luz.
Independentemente de estar gelada ou “quente”, a cerveja só adquire o típico odor de papelão molhado caso o líquido seja atingido por raios ultravioleta, que causam uma mudança química em sua mistura. Kelly afirma que as bebidas dentro de garrafas transparentes ou em tons de verde são mais afetadas do que as de vidro marrom e diz que garrafas expostas a lâmpadas fluorescentes também sofrem o mesmo efeito.
Latas fechadas, por sua vez, são imunes ao processo. Dessa forma, se você costumava jogar suas cervejas fechadas no lixo apenas porque voltaram à temperatura ambiente, provavelmente estava desperdiçando dinheiro, já que bastaria resfria-las novamente para que voltem a ficar boas. Já as garrafas que passaram o dia tomando sol ou recebendo luz UV dificilmente continuarão agradáveis, mesmo que não tenham esquentado.
Se você simplesmente perguntar para um suposto entendedor de cervejas se ele gosta mais das que vêm em garrafas ou em latas, é provável que ele escolha a primeira opção. No entanto, um teste cego realizado pelo Huffington Post, usando bebidas de quatro marcas em ambos os tipos de recipientes revelou que eles acabavam preferindo o sabor das bebidas enlatadas 75% das vezes.
Os participantes só conseguiam adivinhar qual cerveja vinha em qual tipo de container metade das vezes, mas parte dessa proporção pode ser devida a simples palpites acertados ao acaso. Some a isso o mito anterior e as vantagens das latas só tendem a crescer – o que também vem sendo notado pelas cervejarias artesanais, que adotam o formato cada vez mais.
Outro fator interessante é que, de forma geral, comprar o equivalente a um litro de cerveja em garrafas acaba custando mais caro do que a mesma quantidade do líquido enlatado. Por fim, as latas também tendem a ser mais sustentáveis, já que, segundo a Aluminum Association, os consumidores costumam reciclar 56,7% de seus recipientes de alumínio, superando com folga os 34,1 das garrafas de vidro.
3 – Cerveja e comida chique não combinam
Pense na última vez em que você foi ou ouviu alguém falando sobre uma refeição e um restaurante luxuoso e é provável que você se lembre de que o alimento em questão provavelmente foi acompanhado por vinho. A maioria das pessoas costuma acreditar que a cerveja é um bom acompanhamento para petiscos de bar, churrasco ou pizzas, mas não para comidas requintadas.
Segundo a Craft Beer, no entanto, essa concepção está errada e mesmo as refeições mais chiques podem ser apropriadamente complementadas por um tipo diferente de cerveja. Caranguejos, por exemplo, podem ser acompanhados por uma boa hefeweizen, enquanto um salmão cai bem por uma pilsner clássica e pato combina com uma doppelbock. Confira a seguir a tabela completa (em inglês):
Trocando os vinhos pelas cervejas mais apropriadas, não é difícil perceber que suas refeições mais requintadas acabarão custando menos. Dessa forma, memorizar as combinações possíveis permite economizar dinheiro sem ter que abrir mão de um jantar de qualidade. http://www.megacurioso.com.br
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