Cristóvão Borges foi apresentado no Flamengo em 28 de maio. Passados 33 dias, o técnico tem dificuldades para implantar a metodologia de trabalho e a pressão nos bastidores já o deixa com os dias contados no Rubro-negro. Além dos resultados ruins, o treinador tem a sombra de Oswaldo de Oliveira, desempregado e preferido de boa parte da diretoria, como mais um obstáculo para cumprir o contrato até o fim de 2015.
Cristóvão dirigiu o Flamengo até o momento em apenas seis jogos. Foram quatro derrotas e duas vitórias. O desempenho o deixou em situação delicada, pois expôs problemas temidos por pares do presidente Eduardo Bandeira de Mello.
A aparente insegurança para escalar o time e as substituições equivocadas, sobretudo na derrota por 1 a 0 para o Vasco, irritaram os dirigentes. Os cartolas alegam internamente que Cristóvão teve seguidas semanas livres para trabalhar o time. No entanto, apenas treinamentos em período único foram agendados e a equipe não evoluiu.
O fato de indicar que não contava com Anderson Pico ao escalar Pará na lateral esquerda e optar pelo primeiro no último jogo foi observado com desconfiança na cúpula rubro-negra. Deixar laterais no fim da fila para improvisar no setor acabou interpretado como um sintoma de "perda do grupo" no departamento de futebol. A diretoria vê o comandante sem forças para motivar o elenco a dar a volta por cima e deixar a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.
O jeito sereno de Cristóvão vai contra a necessidade de um "choque no futebol". Até por isso, a troca no comando é defendida pela maioria dos dirigentes da administração Bandeira de Mello. A mesma corrente pede a contratação de Oswaldo de Oliveira. O técnico está desempregado desde que foi demitido do Palmeiras e era o favorito para o cargo.
No entanto, Cristóvão foi a opção pela indisponibilidade do profissional após a saída de Vanderlei Luxemburgo e também pelo desejo de que Jayme não permanecesse interinamente por longo período.
Agora, apenas uma sequência de vitórias deve sustentar Cristóvão Borges no cargo. O clima para a permanência é delicado e o comandante joga a sorte na partida da próxima quarta-feira contra o Joinville, às 22h, fora de casa. Fonte: Com informações do UOL / Por: Marilia Bezerra / http://180graus.com
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