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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Proibida mutilação genital feminina na Nigéria

Foto: Reuters/Siegfried Modola
Demorou, mas depois de muito sofrimento, aconteceu!
Está proibida a mutilação genital feminina na Nigéria.
A lei foi assinada na última sexta-feira, um dia antes de o então presidente, Jonathan Goodluck, passar o cargo para o atual, Muhammadu Buhari.
Segundo o International Business Times, cerca de 19,9 milhões de nigerianas foram submetidas a esta prática cruel, que é comum no país.
A criminalização da mutilação genital feminina (FGM, na sigla em inglês) é um passo importante para o país mais populoso da África, e também o possível início de um efeito cascata sobre outras 26 nações africanas que ainda submetem suas mulheres à prática. Com informações do International Business Times

Mutilação
A mutilação, também conhecida como corte genital feminina ou circuncisão feminina, é um procedimento em que toda, ou grande parte dos órgãos genitais externos são removidas cirurgicamente, ou alterada por razões não médicas.

O procedimento não traz nenhum benefício para a saúde e é considerado uma violação dos direitos humanos para meninas e mulheres por organismos internacionais como a Organização Mundial de Saúde.

Vítimas
Acredita-se que mais de 125 milhões de meninas e mulheres no mundo foram vítimas da FGM, com a maioria concentrada em 29 países, segundo estudo da Unicef. 

Apesar dos esforços internacionais para erradicar a prática, a mutilação é comum e amplamente aplicada com mais de 95% em países como a Somália, Guiné, Djibuti e Egito.

Com uma população de 175 milhões de pessoas, estima-se que cerca de 27% das mulheres foram submetidas à prática, com variações significativas entre as regiões, mas com forte prevalência na região sul do país. 

O procedimento acontece por fatores sociais e culturais absolutamente desumanos.

Mudança
Talvez este tenha sido o motivo para o ex-presidente proibir o procedimento na última semana do seu mandato. “Há um preço para se pagar por contrariar normas que são amplamente observadas”, diz Pham.

O diretor do Conselho da África no Conselho Atlântico acredita que Goodluck fez um favor para seu sucessor: “A lei já está assinada e Buhari pode dizer que está apenas cumprindo as leis”.

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