A presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, enfrenta nesta terça-feira (9) a quinta greve geral no país. A paralisação foi convocada pelas centrais sindicais, opositoras ao governo. Trabalhadores de diversos setores da economia estão parados, entre eles do transporte público e da coleta de lixo. Os grevistas cobram reajustes salariais de 35% para repor o poder aquisitivo que perderam com a inflação e negociações “livres” entre empresários e trabalhadores, sem intervenção do governo. Já o governo quer impor um limite aos aumentos de 27% e ganhar tempo até as eleições presidenciais de 25 de outubro. Cristina Kirchner, que está perto do fim do segundo mandato, não pode disputar uma nova eleição, mas tentará eleger um sucessor. Sem trens, ônibus ou metrô, muitos argentinos não conseguiram chegar ao trabalho. Os grevistas bloquearam as principais vias de acesso às grandes cidades. Os taxistas também estão com dificuldade de rodar, pois os postos de gasolina fecharam. A greve de 24 horas também afetou o transporte de cargas por caminhões, os serviços portuários e os voos nacionais e internacionais. Algumas empresas aéreas cancelaram voos depois que os trabalhadores das torres de controle avisaram que vão aderir à paralisação. Outras reivindicações dos grevistas são o aumento do salário mínimo para 12 mil pesos (cerca de R$ 4 mil) e a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda. Cristina Kirchner acaba de anunciar que a pobreza na Argentina afeta 5% da população. No entanto, as centrais sindicais calculam que o percentual chega a 27%. No Brasil, as companhias TAM e Gol anunciaram o cancelamento de voos programados para Buenos Aires. BN
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