Fortaleza e alguns municípios da Região Metropolitana permaneceram às escuras por cerca de 1 hora nesta quarta-feira (10). Fonte: O Povo
O apagão gerou uma situação de desconforto para muita gente, mas para a família de Luan Francisco Luan de Sousa, 4 anos, que depende da energia elétrica para sobreviver, a tensão foi maior.
Luan nasceu com a Síndrome de West, um tipo raro de epilepsia que começa na infância e é caracterizada por espasmos infantis e distúrbio mental.
Ele utiliza o aparelho respiratório há dois anos e não possui bateria.
Segundo a mãe dele, Luciana Leandro, 37, Durante o apagão, todos os aparelhos desligaram e os pais de Luan recorreram a uma respiração manual, conhecida como ambusamento.
"Foi um sufoco grande. Ligamos para a ambulância e não conseguíamos comunicação com a Ciops. Ligamos para a Coelce e a ligação caiu, eles não retornaram nem mandaram ninguém.
Ele só pode ser transferido por meio de uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) Móvel, mas como não conseguimos o jeito foi assumir o risco e transportá-lo em um carro comum. Chegando ao Hospital Nossa Senhora da Conceição ele foi socorrido e ligaram os aparelhos", ressalta a mãe.
Luciana Leandro explica que o filho é registrado na coelce como um eletrodependente e que a companhia sabe que naquela residência existe uma criança que depende de energia para sobreviver.
" Ele ficou cansado e cheio de secreções. No hospital ele corre o risco de pegar infecções pois a Coelce não liberou um gerador", lamenta.
Ainda conforme a mãe, a criança será transferida do Hospital Nossa Senhora da Conceição, pois a área continua sem energia elétrica e a unidade de saúde não saberia informar até quando o gerador continuaria em funcionamento. Então, Luan será levado para um hospital particular, onde continuará lutando pela vida.
O POVO tentou contato com a assessoria de imprensa da Coelce por telefone, mas não obteve êxito.
Fonte: O Povo
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