Londres, 25 mai (EFE).- O ex-jogador argentino Diego Maradona afirmou nesta segunda-feira que nas últimas décadas o futebol mudou para pior e a Federação Internacional de Futebol (FIFA), sob a presidência de Joseph Blatter, voltou a ser um lugar de corruptos.
Em artigo escrito no jornal britânico "The Daily Telegraph", o ex-capitão da seleção argentina, que conquistou a Copa do mundo em 1986 no México, destacou sua paixão pelo futebol, mas disse que este esporte, que "uniu o mundo", voltou a ser uma "desgraça" para os que o amam.
Em referência às eleições na Fifa, Maradona classifica de "absurdo" um quinto mandato de Blatter, algo que "não seria aceitável em nenhum país democrático, nem sequer aceitável nas Nações Unidas ou na maioria de organizações internacionais de hoje".
"Mas por alguma razão está bem para a Fifa. Temos um ditador por toda a vida", ressaltou o ex-jogador.
Maradona, ex-jogador do Boca Juniors, disse que gosta chamar de Blatter "de homem de gelo" porque não tem inspiração ou paixão, algo que não combina com o futebol.
"Se esta é a cara do futebol internacional, estamos muito mal", acrescenta em seu artigo.
"O futebol é um mundo muito intenso, cheio de conflitos e sempre teve problemas, mas o chefe da Fifa não deveria ser um deles", especifica o ex-número 10 da Argentina.
Maradona acrescenta que ao longo dos anos, Blatter ganhou apoios a partir de favores e o compara com um mafioso.
"A história política de Blatter é de promover a divisão e esconder fracassos", ressalta Maradona, que classifica o presidente da Fifa como um homem "incompetente".
"Poucos esportes na história sofreram com a má imprenssão causada pelo futebol nos anos recentes e muito disso é propriedade de Blatter", especifica.
Além de ganhar a Copa do Mundo em 1986, Maradona levou seu país à final no Mundial da Itália de 1990, que foi vencido pela Alemanha. EFE/vg/ff
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