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quarta-feira, 11 de março de 2015

Paulo Roberto Costa diz que arrecadou R$ 30 mi para campanha de Cabral e Pezão

Em abril de 2014, Sérgio Cabral discursa durante a passagem de cargo de governador para seu vice, Luis Fernando Pezão (Foto: Agência Brasil) REDAÇÃO ÉPOCA

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse em seu depoimento de delação premiada que arrecadou R$ 30 milhões para o “caixa dois” da campanha para governador do Rio de Janeiro de Sérgio Cabral (PMDB) de 2010. Luiz Fernando Pezão (PMDB), atual governador, era candidato a vice, segundo o jornal O Globo.

A Procuradoria Geral da República (PGR) decidiu que vai pedir abertura de inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra os dois. Isso acontece pois governadores devem ser julgados pelo STJ. Mesmo sem ocupar o cargo, Cabral responderá por inquérito por conta da conexão aos fatos cometidos por Pezão de acordo com a delação.

Segundo o delator, o dinheiro para a campanha dos dois veio de empresas que atuavam na obra do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). As empreiteiras OAS, Odebrecht e UTC – que formam o consórcio Compar – contribuíram com R$ 15 milhões, segundo Paulo Roberto. O resto das doações foram feitas por empresas como Skanska, Alusa e UTC. Segundo o ex-diretor, os pagamentos eram “propina”.

“Cada empresa deu ‘contribuição’, no total de R$ 30 milhões. O Consórcio Compar ‘pagou’ R$ 15 milhões; o restante foi dividido entre as outras empresas, entre elas Skanska, Alusa e UTC”, diz a delação, segundo o jornal.

Defesa
O ex-governador Sérgio Cabral negou as acusações em nota e afirmou que a denúncia é “mentirosa”. Já Pezão a classificou como “absurda” e disse que as alegações deveriam ser comprovadas.

“Continuo a reafirmar que nunca tive essa conversa sobre a qual ele fala. Isso nunca existiu. Sinceramente acho um absurdo. As pessoas com delação premiada têm de ter mecanismos que comprovem as acusações que fazem. Não podem jogar um negócio assim no ar. Não tive ajuda de campanha e nunca pedi nada ao Paulo Roberto Costa nem a ninguém da Petrobras”, afirmou ao O Globo.

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