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domingo, 29 de março de 2015

Petrolão: Deputados Federais do PT (10,8 mi); PMDB (8,9 mi); PSDB (8,1 mi) e PP (7,9 mi)

Dos 513 parlamentares, 286 receberam dinheiro. Dos 54 integrantes da PCI, 29 receberam dinheiro. Dos 34 integrantes do Conselho de Ética, incluindo o presidente do colegiado, 29 receberam dinheiro. Dos 11 integrantes da Mesa Diretora, 6 receberam dinheiro. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) recebeu. Com informações da Veja

Mais da metade dos deputados federais em atividade no país recebeu doações dos grupos empresariais acusados de participar do megaesquema de corrupção que assaltou os cofres da Petrobras. Um levantamento apontou que 286 dos 513 parlamentares tiveram parte de suas campanhas financiadas pelas empresas do clube do bilhão, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

No total, as empresas investigadas ou suas subsidiárias doaram 67 milhões de reais para deputados federais na campanha do ano passado. Despontam na lista parlamentares do PT que se beneficiaram com 10,8 milhões de reais. O PMDB recebeu 8,9 milhões de reais. Deputados do PSDB amealharam 8,1 milhões de reais. O PP recebeu 7,9 milhões de reais. Todas estas doações são oficiais e foram registradas no TSE. 

O levantamento considera as contribuições oficiais feitas diretamente aos parlamentares e também recursos repassados por diretórios ou comitês para eles. 

Isoladamente, as doações não representam nenhum problema já foram declaradas à Justiça Eleitoral. Mas uma das descobertas dos investigadores da Operação Lava Jato foi que parte do pagamento de propina das empresas do cartel foi desviado dos cofres da Petrobras e transformado em financiamento de campanha. 

O empresário Augusto Mendonça Neto, sócio do grupo Toyo Setal, afirmou que o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque exigia que parte dos recursos superfaturados em obras da estatal fossem repassados como contribuições partidárias. Recentemente, o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite, que também fez acordo em troca de possível punição mais branda da Justiça, também assumiu que pagou propina disfarçada em doações eleitorais. 

Dos 22 deputados investigados no Supremo Tribunal Federal (STF) por envolvimento no petrolão, 15 receberam doações das empresas do esquema de corrupção. O deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) foi quem mais faturou, com 1,1 milhão de reais da Galvão Engenharia. 

O filho do ex-ministro José Dirceu (PT), o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) levantou 760.000 reais de Engevix, Carioca Engenharia e UTC. Os pagamentos chamam atenção porque o Ministério Público investiga a legalidade de 2,3 milhões pagos pela UTC e 1,1 milhão de reais desembolsados pela Engevix para José Dirceu por supostos serviços de consultoria. O filho do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte (PP-BA), que é investigado no STF, Mário Negromonte Júnior ganhou 427.752,14 reais do clube do bilhão em doações. 

O líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), obteve 799.000 reais, e o líder do PT, Sibá Machado (AC), ganhou 120.000 reais. O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), não ficou atrás: 285.000 reais. 

Na CPI da Petrobras, dos 54 integrantes, entre suplentes e titulares, 29 receberam contribuições de empresas investigadas no esquema. O presidente da comissão, Hugo Motta (PMDB-PB), e o relator, Luiz Sérgio (PT-RJ), faturaram respectivamente 454.572 reais e 962.500 reais. 

No Conselho de Ética, também foram beneficiados 24 dos 34 integrantes já empossados. O presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PSD-BA), recebeu 20.817 reais, de Odebrecht, OAS e UTC. O corregedor da Casa, Carlos Manato (SD-ES), ganhou 200.351 reais das empresas do petrolão. 

Dos 11 integrantes da Mesa Diretora, seis receberam contribuições do cartel e, entre eles, o primeiro-secretário, Beto Mansur (PRB-SP), foi quem mais levantou fundos: 533.944 reais. 

Investigado no STF, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não declarou doação das empresas do petrolão no ano passado, mas recebeu 500.000 reais da Camargo Corrêa na campanha de 2010. 

Entre os conglomerados investigados na Operação Lava Jato foi a Odebrecht quem mais contribuiu para campanhas de deputados federais em atividade. Repassou 12,1 milhões de reais só no ano passado. O grupo tenta, com um time de advogados, impedir que o Ministério Público tenha acesso a dados bancários da Suíça. De lá pode vir a confirmação do relato do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ele confessou em acordo de delação premiada que recebeu mais de 20 milhões de dólares do grupo empresarial. 

Responsável pela revelação de que a propina transitava no sistema financeiro como doação eleitoral, o grupo Toyo Setal diminuiu as doações na última eleição. Mas distribuiu 200.000 reais e quem mais faturou foi a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que ganhou 100.000 reais da Toyo Setal Empreendimentos e da Energex. Luiz Sérgio, relator da CPI da Petrobras, levou 50.000 reais e Henrique Fontana (PT-RS) faturou outros 50.000 reais.

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