Fotos: divulgação
Duas brasileiras serão homenageadas esta semana na Sobornne, em Paris.
Entre as vencedoras do Prêmio L’Oréal-Unesco Para Mulheres Ciência estão a astrofísica Thaisa Storchi Bergmann (foto acima), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e farmacêutica Carolina Andrade, professora da Universidade Federal de Goiás (UFG).
A cerimônia de premiação será dia 18, quarta-feira.
Com informações do LugarDeMulher
Leishmaniose
Carolina Andrade (foto abaixo) farmacêutica e professora da Universidade Federal de Goiás (UFG), foi reconhecida pelo programa por sua pesquisa para o tratamento da Leishmaniose, doença transmitida pelo mosquito palha infectado, que afeta 12 milhões de pessoas em todo o mundo e dizima milhões de cachorros todos os anos.
A pesquisa desenvolvida por ela, intitulada “Busca e planejamento de novos candidatos a fármacos (princípios ativos) para a Leishmaniose”, teve início há quatro anos.
Ela pretende encontrar novos medicamentos de baixo custo, que sejam eficazes para o tratamento da doença. Segundo Carolina um dos motivadores para o estudo seria o fato de a leishmaniose ser negligenciada pela indústria farmacêutica.
Em 2014, Carolina foi uma das sete vencedores do único programa brasileiro de incentivo às mulheres na ciência, também realizado pela parceria da L’Oréal com a UNESCO e a Academia Brasileira de Ciências.
Buracos Negros
A outra vencedora é Thaisa Storchi Bergmann, uma das mais renomadas no mundo no estudo de buracos negros supermassivos - são estruturas imensas formadas por estrelas moribundas, planetas, nuvens de gás e outros elementos que foram atraídos pela gravidade, do Big Bang até hoje.
Essas estruturas também ajudam a entender a evolução do nosso sistema solar, a gravidade e o futuro do universo.
O Prêmio
O programa “Talentos Internacionais em Ascensão” (em inglês, “International Rising Talents”), criado pela parceria L’Oréal-UNESCO, pretende acelerar o avanço de 15 jovens mulheres cientistas no mundo.
O prêmio este ano coincide com o Ano Internacional da Luz da Organização das Nações Unidas, liderado pela UNESCO.
A luz simboliza a ciência em si e o progresso que ela traz, uma metáfora para o conhecimento, a sabedoria e a inteligência.
As Laureadas pelo prêmio e os Talentos Internacionais em Ascensão de 2015 são um exemplo de luto conhecimento e pelo maior acesso das mulheres à ciência.
Thaisa Bergmann conta que 75% de seus colegas na Astrofísica são homens. Ela também conta que precisou se afastar dos filhos devido à uma bolsa de pós-doutorado na Universidade de Maryland, nos Estados Unidos.
Seu marido e familiares a ajudaram, mas muita gente questiona uma mulher, mãe e cientista que opte por se afastar dos filhos para se dedicar à carreira.
Mulheres na ciência
De toda a ciência no mundo, apenas 30% dela é feita por mulheres.
A iniciativa L’Oréal-UNESCO Para Mulheres na Ciência, criada há 17 anos, visa igualar os gêneros dentro da ciência e incentivar cada vez mais mulheres a mudar este cenário.
Já são mais de 2250 mulheres reconhecidas em mais de 110 países por suas pesquisas e inovações.
No Brasil, a premiação completa dez anos em 2015 e já beneficiou 61 jovens cientistas por todo o país.
Foram distribuídos cerca R$ 3 milhões em bolsas-auxílio (US$ 1,2 milhão).
Em 2014, mais de 300 cientistas inscreveram seus projetos. Este ano, as inscrições foram abertas no dia 10 de março, na Semana Internacional da Mulher.
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