Um crime chocou a população de Goiânia (GO) no último fim de semana: a polícia local investiga uma tentativa de homicídio contra a cozinheira de um restaurante que vende pamonha. O motivo? A mulher produz uma receita do quitute mais saborosa que a dos donos de um bar concorrente, do outro lado da rua.
No último domingo (29), a cozinheira Marizete Machado, de 53 anos, foi sequestrada depois do expediente. Os criminosos rodaram 30 quilômetros de Goiânia até a cidade de Abadia, interior do Estado. Quando chegaram, obrigaram a mulher a descer do carro e atiraram quatro vezes contra ela. Um dos tiros pegou na cabeça. Eles ainda atearam fogo no corpo da vítima e depois fugiram.
Marizete, por sorte, conseguiu sobreviver e caminhar por cerca de dois quilômetros até encontrar ajuda. A vítima está internada em estado grave em um hospital. Ela passou por cirurgia e está com 40% do corpo queimado. Uma das suspeitas está presa e o filho dela, que também teria participado do crime, está foragido. Eles são donos de outra pamonharia, que fica em frente ao trabalho da cozinheira.
O patrão de Marizete também prestou depoimento. Ele contou que há pouco mais de um ano a empresária concorrente e o filho abriram o restaurante em frente ao comércio dele. Desse momento em diante começaram as desavenças. Os concorrentes não conseguiam vender os produtos, mesmo sendo mais baratos, já que a clientela do homem era mais antiga e os produtos tinham mais qualidade.
O delegado que investiga o caso ficou impressionado com a história. “Do ponto de vista jurídico penal é um agravante, a futileza, foi muito fútil a ação, tirar a vida de uma pessoa porque ela vende pamonha mais gostosa, mais saborosa que outra. Isso é reprovável sob todos os pontos de vista, penal, social, e eles vão responder criminalmente”, afirmou o delegado Manoel Borges, em entrevista na TV Globo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário