Richard Juilliart/AFP/Arquivos, da AFP
Teste de ebola: Nove médicos já morreram contaminados pelo vírus Ebola em Serra Leoa
Dois médicos morreram no mesmo dia após terem sido contaminados pelo vírus Ebola em Serra Leoa, anunciou neste sábado o governo, elevando a nove o número de profissionais de medicina falecidos neste país, um dos mais afetados pela epidemia da febre hemorrágica no oeste da África.
Centenas de profissionais de saúde já morreram tratando de vítimas de Ebola em três países desta região mais afetada pela doença: Serra Leoa, onde a epidemia continua a se estender, Guiné e Libéria, onde parece ter se estabilizado.
"Nós perdemos dois médicos em um dia", declarou à AFP a porta-voz do ministério da Saúde, Jonathan Abass Kamara.
Segundo ele, as mortes, ocorridas na sexta-feira, causaram "grande choque no ministério" e representaram "uma grande perda" para os serviços de saúde deste pequeno país pobre, onde o Ebola deixou 1.583 mortos de 7.312 casos registrados, segundo balanço da OMS divulgado em 30 de novembro.
Um dos médicos mortos, o doutor Thomas Rogers, era cirurgião no Hospital Connaught, o principal estabelecimento para cuidar de pacientes com Ebola em Freetown. Ele morreu em outro hospital, vizinho à capital, mantido por britânicos. A outra vítima, a Dauda Koroma, morreu no Centro de Tratamento Hastings, também perto de Freetown.
No total, 11 médicos contraíram Ebola em Serra Leoa, onde apenas dois sobreviveram e mais de uma centena de profissionais de saúde morreram.
A epidemia da febre hemorrágica do vírus Ebola matou mais de 6.000 pessoas entre 17.000 casos registrados, sobretudo no oeste da África, segundo o mais recente balanço da OMS, divulgado em 2 de dezembro.
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