Guru da ex-ministra Marina Silva durante sua campanha presidencial, Roberto Gianetti da Fonseca publicou hoje,28, instigante artigo na Folha, intitulado "Guinada ortodoxa?". Ele diz que Dilma fez os petistas de palhaço.
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Assim que soube da indicação de Joaquim Levy ao cargo de ministro da Fazenda de Dilma 2 veio-me à lembrança o alerta de Nietzsche: "Aos intelectuais que ingressam na política um papel cômico costuma estar reservado: eles acabam sendo a boa consciência de uma política de Estado".
À luz do fiasco da "nova matriz" em Dilma 1 seria de se esperar algum movimento corretivo da política econômica no segundo mandato, com a prevalência da "curva de aprendizado" sobre o cenário da "aposta redobrada". A surpresa, contudo, é a aparente radicalidade do movimento prenunciado pela escolha de um "Chicago boy" de ilibada reputação fiscalista como titular da Fazenda --uma guinada de 180°!
Será? Salta aos olhos a discrepância entre o teor campanha --baseada na negação da necessidade de qualquer ajuste na economia e na mentira calculada sobre as intenções alegadamente conservadoras e excludentes de Aécio e Marina-- e o perfil dos ministros indicados pela presidente: não só Levy, mas a ruralista Kátia Abreu, na Agricultura, e o ex-chefe da CNI Armando Monteiro no Desenvolvimento.
É inteiramente compreensível que os intelectuais petistas e os líderes de movimentos sociais, feitos de palhaços na campanha, estejam furiosos com a traição e denunciem em manifesto a "regressão" em curso e a capitulação de Dilma 2 às "forças do rentismo e do atraso".
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