Ele foi preso por engano. O equívoco custou ao ator Vinícius Romão o que ele chama de “16 dias no inferno”, provável nome do livro que lançará até o mês de agosto sobre o período que ficou injustamente enfurnado em uma cela - que, diga-se de passagem, abrigava 15 detentos podendo comportar apenas 6.
Mais de dois meses depois do ocorrido, ele falou sobre a experiência, a precariedade do sistema carcerário no Brasil e a nova fase de sua vida disse nunca ter sentido dessa forma o racismo, ir parar em uma prisão, “ficou marcado o descaso, descaso com o ser humano. Vivi uma realidade que não imaginava que existia. Se o hospital a gente já vê esse caos, imagina os presídios. É falta de higiene, falta de itens básicos. Um sabonete para 15 presos, aí um tem problema de pele e não dá para usar o mesmo. Uma ou duas escovas de dente. Eu escovava com o dedo, né”, disse. Vinícius foi preso suspeito de ter cometido um assalto no dia 10 de fevereiro na zona norte do Rio de Janeiro. Dona Dalva Maria da Costa havia saído do hospital em que trabalhava como copeira e estava em um ponto de ônibus quando teve a bolsa roubada. Um policial à paisana que passava pelo local ofereceu ajuda. Ela descreveu o criminoso como um homem alto, de cabelo black power. Vinicius voltava do emprego, trabalhava como vendedor em uma loja de roupas de em um shopping. Dona Dalva o viu no viaduto e afirmou que ele era o ladrão. (Terra)
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