Do G1 São Paulo
O nível acumulado de água do Sistema Cantareira caiu para 8,6% nesta terça-feira (13), segundo medição divulgada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Em maio, o reservatório perdeu 1,9 pontos percentuais de sua capacidade. Choveu apenas 0,6 milímetros na região durante o mês.
Diante da falta de chuvas, o governo decidiu antecipar o uso da água que sobrou no fundo do sistema Cantareira, o chamado "volume morto". Na quinta-feira (8), o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que a água do volume morto do reservatório deve começar a ser utilizada pela Sabesp no dia 15 de maio.
O volume morto é um reservatório que abriga 400 milhões de metros cúbicos de água – quantidade suficiente para elevar o nível do sistema em 18,5%, segundo estimam os técnicos da Sabesp.
O reservatório nunca foi utilizado porque o sistema de bombeamento não chegava a essa profundidade. O governo estadual realizou obras para conseguir bombear a água após o nível do Sistema Cantareira atingir os menores índices da história e ficar abaixo dos 10%.
A Sabesp faz um serviço emergencial desde o dia 17 de março para retirar água do fundo dos reservatórios do Cantareira. Segundo a companhia, o "volume morto" poderá abastecer a Grande São Paulo por quatro meses. A obra está orçada em R$ 80 milhões e vai tornar útil uma reserva de 300 bilhões de litros de água que fica abaixo do nível das comportas.
Conta mais cara
No dia 22 de abril, Alckmin anunciou que os moradores da Grande São Paulo abastecidos pelo Sistema Cantareira terão um acréscimo na conta de água caso aumentem o consumo. De acordo com o governador, o usuário que gastar acima da média em maio pagará 30% a mais em junho. Já os consumidores de 31 cidades atendidas pela Sabesp que conseguirem economizar 20% receberão um desconto de 30%.
Alckmin voltou a explicar que a economia de água em cidades abastecidas por outros sistemas podem contribuir para atender bairros originalmente cobertos pelo Cantareira. Segundo o governador, os sistemas Alto Tietê e Guarapiranga aliviaram a situação do Cantareira. A partir de setembro, o Riacho Grande também deverá atuar nesse sentido.
Falta de água
Moradores da Zona Norte de São Paulo dizem que o fornecimento é interrompido à noite desde março. Segundo relatos, há falta de água entre o fim da tarde e o início da manhã. O fornecimento é retomado somente após as 6h dos dias seguintes. Eles reclamam de não terem sido informados sobre o desligamento da água. O governo de São Paulo, entretanto, nega que clientes da Sabesp sejam afetados por racionamento.
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