Após ter processo aberto pela Comissão de Ética da Câmara dos Deputados, por conta de suas ligações com o doleiro Alberto Youssef, o deputado Luiz Argôlo perdeu o cargo de vice-líder do Solidariedade (SDD) na Casa nesta sexta-feira (16). Segundo o jornal Folha de S. Paulo, um encontro para decidir sua expulsão do partido foi marcado para próxima semana. Levantamento feito por lideranças do partido apontam que dos 24 parlamentares do SDD, apenas três apoiam sua permanência. Em mensagem interceptada pela Polícia Federal, de 9 de outubro do ano passado, Argôlo pergunta ao doleiro:"Vc acha q devo pegar a vice lide ou a comissão de orçamento?? Ou nada??". Youssef respondeu: "Pega a vice liderança porque esse cara não vai estar todo tempo aí. Assim você tem mais controle sobre ele e vai estar [o] tempo todo com [o] governo. Comissão de orçamento é muito boa, mas acho que em outro momento. Nesse [momento] tem que estar perto do governo ". O “cara” ao qual o deputado se refere é Fernando Francischinni, líder do SDD na Câmara, para quem as denúncias sobre o parlamentar baiano, que teria ultrapassado "todos os limites", são graves. "Ele negociou com um criminoso que está preso usando o nome do partido. É uma quebra grave da ética", avaliou, em entrevista à Folha. O relatório da PF também revelou a participação de um cunhado de Enivaldo Quadrado, preso na Operação Lava Jato, do esquema de lavagem de dinheiro investigado do qual o doleiro é apontado como líder. Segundo informações do portal G1, Rafael Ângulo Lopez é irmão da esposa de Quadrado que é, por sua vez, funcionário da GDF Investimentos, empresa de Youssef. Segundo o documento, Lopez era "encarregado de transportar grandes quantias de valores em espécie”.BN
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