Uma paralisação de funcionários da Gol na Argentina fez a empresa aérea cancelar nesta sexta-feira oito voos entre São Paulo e Buenos Aires --quatro em cada sentido. Dois voos haviam saído do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (na Grande São Paulo), quando houve o problema e tiveram que retornar a São Paulo.
O problema se deu nos voos em direção aos aeroportos de Ezeiza e ao Aeroparque, este na cidade de Buenos Aires. Foi uma reação a uma demissão de funcionários de rampa (que cuidam do embarque e desembarque de bagagens). Apenas a Gol foi afetada.
Passageira do voo 7682, que partiu de Cumbica às 12h20 e pousaria no Aeroparque, a publicitária Flavia Zanini, 34, disse que o comandante, após uma hora e meia de viagem, anunciou que o aeroporto estava fechado e que seria necessário voltar.
O comandante, segundo a própria Gol, omitiu dos passageiros que o fechamento se deveu à paralisação.
Pelo modo como falou, Flavia disse que pensou tratar-se de mau tempo. Ela e os demais passageiros só souberam da paralisação ao desembarcar em Cumbica, por volta das 15h.
Segundo a assessoria da Gol, o piloto não mentiu: limitou-se a dizer que o aeroporto estava fechado; ainda segundo a empresa, ele só não revelou aos passageiros que o fechamento afetava apenas a Gol.
Flavia havia saído de casa às 9h e ontem, por volta das 16h, voltava para casa.
A Gol pagou vale-alimentação para os passageiros e táxi para permitir a volta para casa. Pessoas de fora de São Paulo foram colocadas em hotéis.
Não foi divulgado o número de passageiros prejudicados. A considerar a lotação do voo e o modelo das aeronaves, havia cerca de 150 pessoas em cada um dos oito voos.
A previsão de novo embarque, segundo Flavia, é amanhã, sábado. A Gol afirmou em nota que "movimento sindical já foi sanado e suas operações foram retomadas". Segundo a companhia, os passageiros estão sendo reacomodados em voos de hoje, de amanhã, em voos extras e também de outras companhias aéreas.
A Anac diz ter dado dez dias para a Gol explicar o que ocorreu nos voos. Se fiscais flagrarem eventuais descumprimentos na resolução que assegura direitos aos passageiros resulta em multa de R$ 4.000 a R$ 10 mil por infração, diz a agência. Fonte: Folha de S.Paulo
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