O concurso para analista e técnico do Ministério Público da União teve registrado quase 800 mil pedidos de inscrições, segundo dados divulgados pelo órgão. Em uma conta simples, dividindo o número de inscrições pela quantidade de vagas ofertadas, o resultado é de mais de 5 mil candidatos por vaga. É certo que falta ainda aguardar o montante de inscrições efetivamente confirmadas (a data limite para pagar a taxa de inscrição era 19 de abril), mas não há dúvida de que a concorrência deve ser uma das maiores registradas em concursos nos últimos anos.
Os candidatos que vão participar deste concurso devem redobrar a atenção. É que o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), responsável pela organização do certame e aplicação das provas tem um critério diferenciado na avaliação do exame. Enquanto a maioria das provas em concursos utiliza o sistema de se assinalar apenas uma resposta em quatro ou cinco alternativas, o Cespe/UnB exige que o candidato assinale cada alternativa, indicado se a mesma está certa ou errada. Assim, uma questão de cinco alternativas, o candidato deverá responder a cada uma delas.
Segundo o edital do concurso do Ministério Público da União, “a nota em cada item das provas objetivas, feita com base nas marcações da folha de respostas, será igual a: 1,00 ponto, caso a resposta do candidato esteja em concordância com o gabarito oficial definitivo das provas; 1,00 ponto negativo, caso a resposta do candidato esteja em discordância com o gabarito oficial definitivo das provas; 0,00, caso não haja marcação ou haja marcação dupla (C e E)”. A partir desta informação, podemos concluir que para cada resposta que o candidato errar, terá descontado uma que acertou. Exemplificando: em um grupo de cinco itens, se o candidato acertar três e errar dois, terá feito apenas um ponto porque serão descontados dois pontos dos itens assinalados incorretamente.
Resumindo, neste tipo de avaliação o candidato deve assinalar apenas as questões que tem certeza absoluta de que estão certas. Se não tiver essa certeza, é melhor não assinalar nada para não correr o risco de se ter descontado pontos das alternativas que acertou. Deixando em branco alguma alternativa, o candidato não ganhará nenhum ponto, mas também não será descontado nenhum. Como deu para perceber, nesse tipo de prova não é possível o candidato utilizar o famoso “chute”, como nas provas convencionais. Por isso, meu caro leitor, intensifique seus estudos para que tenha certeza absoluta do que está respondendo. Nem tente usar o recurso do “chute” porque você corre o sério risco de tirar uma nota abaixo de zero.
Assim, eu aconselho que se adquira provas de concursos anteriores realizados pelo CESPE/UnB para que o candidato possa se familiarizar com o sistema diferenciado empregado pela organizadora. No site do Jornal dos Concursos & Empregos (www.jcconcursos.com.br) é possível encontrar diversas provas da organizadora. Não deixe de adquiri-las porque serão muito úteis nesta reta final do certame.
Paulo de Freitas é jornalista e funcionário público. Tem mais de 14 anos de experiência na área de concursos públicos. E-mail: paulokassaco@ig.com.br.
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