As ameaças de morte do tráfico de drogas já ‘expulsaram' pelo menos dois policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do Morro do Alemão. Escritas com erros de português, duas mensagens do Comando Vermelho ilustram a violência que voltou a tomar conta da comunidade: ‘Vae morre Andre Martins' (sic) e ‘Vae morre, Cigano (identificado por colegas como Douglas)'. Ambos os soldados foram transferidos para outras unidades.
"Há pelo menos dois anos não passava uma noite em claro, como a última (de segunda-feira). Eles (os traficantes) não desistem nunca", lamentou uma dona de casa de 66 anos, ao lado da Pedra do Sapo, antiga sede do tribunal do tráfico, local de execução de inimigos e onde um contêiner da UPP virou alvo de disparos ontem, pelo segundo dia consecutivo. Ninguém ficou ferido. No entanto, uma casa foi atingida por dois disparos.
Bandidos também estariam atacando veículos particulares de PMs da UPP. Segundo denúncia de um militar, na segunda-feira um policial teve o automóvel depredado no Morro do Alemão. No fim de semana, o carro de outro PM pegou fogo, provocado pela explosão de uma granada. "Poderiam, pelo menos, colocar aqui uma cabine blindada. Estamos abandonados", reclamou um PM, que pediu para não ser identificado.
Segundo militares que atuam no Alemão, o local deixou de ser atacadista de drogas, mas hoje o movimento do tráfico funciona no esquema de varejo. "Eles passam rádio para a gente pedindo: ‘deixa a gente trabalhar, chefia'. Eu respondo sempre: ‘trabalha aí, mas se eu pegar, tá preso'", relatou um PM, de prontidão num dos acessos à favela. http://www.meiahora.ig.com.br
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