Em sua primeira manifestação sobre o aborto na história, o Conselho Federal de Medicina (CFM) vai enviar à comissão do Senado que cuida da reforma do Código Penal um documento que defende a interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação, a exemplo do que já ocorre nos casos de risco à saúde da mãe ou de estupro. A proposta avança em relação ao texto da comissão da Casa, que também permitia o aborto até a 12ª semana, mas desde que houvesse aprovação médica. "Seria uma burocracia desnecessária. Sem falar de que poderia começar a ocorrer fraude com tais laudos", avaliou o presidente do CFM, Roberto D'Ávila. "Queremos deflagrar uma nova discussão sobre o assunto e esperamos que outros setores da sociedade se juntem a nós", conclamou, ao argumentar que mulheres sempre recorreram ao aborto, independente de ser crime. Segundo o conselho, a situação atual permite que mulheres com melhores condições econômicas busquem locais seguros para fazer a interrupção da gravidez, enquanto as que não têm recursos recorrem a locais inseguros. "Basta ver o alto índice de morte de mulheres por complicações. Não precisa ser assim", opinou. O aborto é a quinta causa de morte entre mulheres, com 200 mil casos por ano. Informações do Estadão.
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