Em nove dias, 12 detentos foram mortos em Casas de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) no Ceará. A última ocorrência foi na manhã desta sexta-feira, 15, quando Carlos Luan Oliveira Silva, de 21 anos foi achado carbonizado na Vivência F da CPPL II, em Itaitinga. Ele respondia por tráfico de drogas, segundo a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus).
A Sejus informou que afastou o chefe de equipe, para abrir investigação sobre "omissão de socorro à vítima" e está fazendo apuração "rigorosa", junto à Coordenadoria da Inteligência (Coint), para responsabilizar os infratores com medidas punitivas e legais.
Chacina na CPPL I
Oito presos morreram em decorrência da briga entre facções rivais na madrugada da última segunda-feira, 11, na Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Luciano Andrade Lima (CPPL I), em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza.
A chacina teve início com uma briga envolvendo dois presos quando da visita do último domingo. De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Estado do Ceará (Sejus), a briga dos internos ocorreu no Pavilhão 1. Eles teriam descumprido uma das regras da cadeia criada por eles próprios, o de "respeitar o dia de visitas".
Outros casos
Na última quarta-feira, 13, dois presos também foram encontrados mortos na mesma penitenciária. Os presos foram identificados por José G.C.S. e Fábio. O primeiro foi achado durante e a manhã e o segundo, à noite.
Uma semana antes, na quarta-feira, 6, Pedro Ventura Neto foi encontrado enforcado na CPPL III (Itaitinga), composta por um conjunto de celas, depois das 16h. O preso respondia pelos crimes de roubo, assalto, receptação e insubmissão.
Os casos, de acordo com a Sejus, estão sendo investigados pelas casas de privação e, até a tarde desta sexta, ninguém havia sido responsabilizado pelos crimes. Em todas as mortes que ocorrem dentro do sistema prisional, é instaurado inquérito policial e um procedimento penitenciário na unidade.
Por meio de nota, a Secretaria disse ainda lamentar os óbitos dos internos e informou que irá promover a assistência social e psicológica aos familiares dos detentos mortos, bem como arcar com os custos dos funerais. Fonte: O Povo
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