Primeiro foi a ministra Míriam Belchior admitindo que a mobilidade urbana não estará resolvida na Copa e que a solução seria decretar feriado no dia de jogos.
Agora é o prefeito do Rio, Eduardo Paes, que sugere uma acrobacia para resolver o problema do meio ingresso para idosos e estudantes: o governo paga a outra metade.
Entre os estudantes que querem o meio ingresso e a FIFA que quer todo o dinheiro, Eduardo Paes achou uma terceira via: as pessoas que pagam imposto, logo todo mundo.
As improvisações têm sentido único: difiultar a vida do cidadão. A corda sempre arrebenta do lado mais fraco. E o lado mais fraco escolhido é exatamente a sociedade.
Quem a protege no Parlamento? Quem levantará a voz por ela? A resposta é ninguém. Se o lado mais forte continuar a se comportar como o mais fraco, os acrobatas continuarão se exercitando, protegidos pela rede da indiferença.*Fernando Gabeira, em O ESTADO DE S. PAULO
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