Depois de 16 dias de greve, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) decidiu ontem retomar as negociações salariais com o Comando Nacional dos Bancários. Uma nova rodada de conversas foi marcada para hoje,13, às 16 horas, em São Paulo.
A expectativa dos sindicalistas é positiva. “Esperamos que eles ( representantes dos bancos) apresentem uma proposta capaz de acabar com a greve, uma proposta que possa ser levada para as assembleias”, disse Carlos Cordeiro, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
A greve, que já é a maior da categoria nos últimos 20 anos, foi deflagrada no dia 27 do mês passado. Os bancários decidiram parar após rejeitarem reajuste de 8% oferecido pela Fenaban. A oferta dos bancos foi recusada porque representa um aumento real de apenas 0,56%, muito abaixo do reivindicado. Os trabalhadores querem reajuste de 12,8% (aumento real de 5% mais a inflação acumulada em 12 meses até agosto).
Os bancários pedem ainda valorização do piso salarial da categoria, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), mais contratações e o fim das metas abusivas, entre outras reivindicações.
Desde o início da greve, Contraf e Fenaban diziam que estavam abertas ao diálogo, mas ninguém tomava a iniciativa de chamar para a mesa de negociação. O silêncio foi quebrado ontem.
Para os sindicalistas foi a força da greve, que paralisa mais de 9 mil agências de bancos privados e públicos em todos os 26 Estados e no Distrito Federal, que levou os bancos a reabrir a negociação. “Vamos manter a greve forte para que os banqueiros apresentem uma proposta decente à categoria”, disse Juvandia Moreira, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.De http://www.jt.com.br/seu-bolso/
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