O aquecimento do mercado de trabalho e a insatisfação do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, com a taxa de desemprego medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) levarão à criação de mais um indicador até o final do ano: a Taxa de Emprego Real, elaborada pelo Ministério do Trabalho.
O índice, que também será divulgado mensalmente, será fruto do cruzamento das informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e do Sistema Nacional de Emprego (Sine), espécie de agência de empregos do governo que auxilia na medição da demanda e da oferta de mão de obra.
Lupi justificou a criação de um novo indicador do mercado de trabalho com a necessidade de nova abrangência e amostragem. “Vou dizer quantos brasileiros procuraram emprego formal, com número real, não é pesquisa”, disse.
Serão duas as principais diferenças entre os índices. Enquanto o IBGE faz sua pesquisa apenas em regiões metropolitanas, o Ministério apresentará também os números do interior. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do IBGE é feita em seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre).
Isso também explica o motivo de Lupi querer um novo índice: é que o interior tem apresentado uma robustez maior na criação de empregos do que os grandes centros urbanos.
O Caged de abril mostrou que foram criadas 137,5 mil vagas com carteira assinada no interior de nove Estados, enquanto nas regiões metropolitanas desses mesmos Estados foram 99,8 mil.
Outra diferença é que o indicador do Ministério só foca os empregos com carteira assinada. A pesquisa do IBGE inclui o mercado de trabalho informal. De http://www.jt.com.br/
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