Manifestantes desafiaram na tarde deste domingo (22) uma ordem judicial que proibia a Marcha em Defesa da Maconha, em Curitiba (PR), e consumiram a droga em plena luz do dia. O fato aconteceu durante caminhada de protesto contra a determinação que impedia a passeata.
A marcha foi proibida pela Justiça em ação movida pelo deputado federal Fernando Francischini (PSDB-PR), na semana passada. Os defensores da passeata, então, anunciaram que fariam um encontro em defesa da liberdade de expressão.
Gritando palavras de ordem, os manifestantes, cerca de 100 no início de caminhada, preparavam e acendiam seus cigarros de maconha enquanto caminhavam ostentando faixas e cartazes pela região central de Curitiba.
Apesar do consumo a céu aberto, a marcha terminou sem incidentes na parte dos fundos do Museu Oscar Niemeyer, a poucas quadras das sedes da secretaria de Estado da segurança pública, da Assembleia Legislativa e do Palácio Iguaçu, sede do governo estadual.
Um comerciante, que pediu para não ter o nome divulgado, disse ser consumidor de maconha há 30 anos. Ele criticou a "hipocrisia" com que o assunto da repressão à maconha vem sendo tratado. O comerciante declarou que, para proibir a venda da erva, deveriam também proibir o comércio dos papéis de seda, usados para fumar a droga e vendidos em vários pontos comerciais.
Um psicólogo admitiu que fuma maconha na frente dos filhos, um de sete e outro de dois anos. Ele declarou que o consumo em casa é um "hábito normal" e que tentará educar os filhos para mostrar que o consumo não representa algo ruim.
A organização do evento informou que estuda outras ações para realizar a marcha em Curitiba, mas com o tema principal, o da defesa do consumo da droga. Entre as iniciativas estudadas está a de também apelar à Justiça para tentar garantir a realização da passeata.De UOL Notícias
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