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terça-feira, 22 de março de 2011

MUNDO:"Não sou azarado. Tenho sorte e acredito no destino", diz sobrevivente de dois tsunamis

Zahrul Fuadi, um indonésio de 39 anos, é tão azarado que esteve em duas das maiores tragédias naturais deste começo de século. No entanto, ao mesmo tempo, ele tem tanta sorte que, em 2004, sobreviveu ao tsunami que devastou sua cidade, Aceh, na Indonésia e, há poucos dias, passou, sem nenhum arranhão, pelo mesmo fenômeno em Sendai, no Japão. 
Nas duas vezes, Fuadi estava acompanhado da família, que também passou ilesa. "Não sou azarado. Tenho boa sorte. Me sinto grato por ter sobrevivido a dois desastres naturais históricos", disse o indonésio ao UOL Notícias. "Sou um homem de fé e acredito no destino", completou.
Se da primeira vez, Fuadi conseguiu escapar da fúria do mar com sua mulher e seus dois filhos em cima de uma motocicleta, agora, pelo menos, o tsunami não chegou a ameaçar sua casa. "Nossa Embaixada nos retirou de Sendai porque temia pela nossa vida", explicou.
Na Indonésia, em 2004, Fuadi perdeu tudo o que tinha. Reconstruiu a vida no Japão, onde completava seu PhD na Universidade Tohoko. No momento do terremoto, se refugiou embaixo de cadeiras e relembrou o drama vivido em seu país natal. Depois ligou para a mulher e, aliviado, descobriu que seus agora três filhos estavam bem.
Fuadi foi obrigado a voltar, junto com a família, para a Indonésia, às pressas. Foram resgatados após três dias, de maneira desorganizada. Ainda confuso, o indonésio conta que, assim que conseguir, voltará para Sendai. "Assim que controlarem a radiação, eu volto. A cidade de Sendai não ficou muito destruída. Apenas alguns prédios", falou, por e-mail. Apesar de ainda não ter internet em sua nova casa, Fuadi conseguiu um celular para se comunicar com parentes, amigos e com a imprensa.
O indonésio não se apavora com as tragédias e ainda afirma que aprendeu muito com as duas experiências. "Desastres naturais ocorrem sem dar muitas pistas. A melhor maneira de minimizar as perdas e o número de vítimas é aumentando a consciência das pessoas em relação às tragédias. No Japão, todos recebem muitos treinamentos. Aprendi a me virar no momento de crise nos seis anos que vivi no país", ensinou Fuadi.De UOL Notícias

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