O cantor e compositor Lindomar Castilho, 42 anos, invadiu uma casa noturna paulistana no início da madrugada e matou a tiros Eliane de Grammont, 26 anos, mãe de sua filha, com quem fora casado por cerca de dois anos e de quem estava judicialmente separado desde junho do ano anterior.
Após os tiros, o cantor entrou, então, em luta corporal com Carlos Landall, primo que o artista trouxera de Goiás e com quem compusera várias músicas, o qual se apresentaria-se no show da casa naquela noite. Randall foi baleado no estômago. Também ferido, Lindomar acabou dominado e amarrado com cordas. Autuado em flagrante, seguiu para o 4º Distrito Policial da capital paulista.
Em seu depoimento, o criminoso argumentou motivo passional, alegando legítima defesa da honra devido ao envolvimento da ex-mulher com seu primo. Da delegacia seguiu para Casa de Detenção, onde aguardou o julgamento por homicídio e tentativa de homicídio.
Sempre no gênero bolerão, Lindomar Castilho fez rápido sucesso. Conhecido por seu estilo machista, estava no auge da fama, com uma carreira musical de projeção internacional que o destacara no mercado latino-americano dos Estados Unidos. Retomou a carreira musical em 2000.
Mais rigor para os crimes passionais
O crime de Lindomar Castilho foi um divisor de águas na história jurídica brasileira. Até então, agir em nome da honra era a estratégia utilizada como atenuante para atos covardes contra as mulheres. Desta vez, porém, devido à atuação de organizações feministas que acompanharam o caso para que se fizesse justiça, a alegação de Lindomar não foi aceita. Submetido a júri popular, foi condenado a 12 anos de reclusão em 1984. Contudo, a justiça estava longe de sua plenitude: preso até 1988, ganhou liberdade condicional por bom comportamento. E antes disso, já gozava de regalias.
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