Carlos Padeiro
Em São Paulo
Richarlyson teve uma sexta-feira diferente. O clima no CT do São Paulo nesta manhã foi de despedida. O jogador se emocionou bastante e não economizou lágrimas em sua última entrevista pelo clube tricolor. Chorando bastante e recebendo o carinho de seus companheiros, ele disse adeus.Em São Paulo
O assunto que pautou a sua última entrevista coletiva foi a não aceitação de parte da torcida durante os cinco anos e meio que ele passou no clube por conta do seu comportamento fora de campo.
O jogador de 27 anos afirmou que a sua resposta foi dada com três títulos brasileiros e um mundial, além de uma breve passagem pela seleção brasileira. Disse ainda que não pode ser julgado pela sua vida pessoal. “Mesmo se eu fosse homossexual, isso não interferiria em campo”, decretou o meio-campista.
“É contra minha vontade, eu queria permanecer, tenho uma identidade muito grande”, comentou Richarlyson.O jogador de 27 anos afirmou que a sua resposta foi dada com três títulos brasileiros e um mundial, além de uma breve passagem pela seleção brasileira. Disse ainda que não pode ser julgado pela sua vida pessoal. “Mesmo se eu fosse homossexual, isso não interferiria em campo”, decretou o meio-campista.
O meio-campista foi surpreendido por seus companheiros assim que chegou para conceder a entrevista coletiva. Vários jogadores cantaram refrões de um famoso samba em sua homenagem: "quero chorar o teu choro, quero sorrir teu sorriso...", entoaram os atletas.
Richarlyson respondeu as mais diferentes perguntas. Questionado sobre os torcedores são-paulinos que sempre o vaiaram, ele não se esquivou.
“A resposta é: títulos e seleção. É o que tenho que falar para eles. É preciso respeitar o profissional. Dentro de campo sempre dou meu máximo. Se para eles minha vida pessoa é mais importante, se eles querem questionar isso ou aquilo, peço desculpas por não ter agradado a todos, mas vou viver minha vida. Me desculpem se eu não fui aquilo que eles gostariam que eu fosse, porque eu não poderia ser”, respondeu.
O jogador ainda agradeceu ao São Paulo no apoio recebido diante das críticas de parte da torcida. “Em nenhum momento o São Paulo me privou de alguma coisa e sempre me deu liberdade para falar aquilo que eu bem entendesse. Não guardo mágoa de ninguém. Todos devem aprender que nada é preciso aceitar as pessoas como elas são.”
Segundo atleta do atual elenco que mais vestiu a camisa tricolor, atrás apenas de Rogério Ceni, Richarlyson deixa o Morumbi com 244 partidas disputadas e 12 gols. Ele foi campeão Mundial em 2005 e tricampeão brasileiro. No total, foram cinco anos e meio defendendo as cores do São Paulo.
Richarlyson, porém, não teve um jogo de despedida com qualquer pompa. Sua última partida pelo São Paulo foi a goleada por 4 a 1 sofrida para o Fluminense há duas rodadas no Brasileiro. Na oportunidade, o jogador foi expulso e viu a diretoria decretar o fim de sua passagem pelo Morumbi.
Para piorar, o árbitro Heber Roberto Lopes relatou na súmula que o jogador o chamou de veado e fez alguns xingamentos. "Fiquei triste com as declarações do Heber Roberto Lopes e seu assistante. Não fiz falta, não o xinguei e jamais o xingaria de veado. Papel aceita qualquer coisa. A justiça do homem pode me punir, mas a justiça de Deus não. Fiquei muito triste. Aceitei outras expulsões, assimilei, mas inventar coisas é feio e não vou aceitar", desabafou. Fonte:UOL Esportes
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