ITABUNA-BA
A Santa Casa de Misericórdia de Itabuna, mantenedora do Hospital Manoel Novaes, torna pública a grave situação em que se encontra o serviço de obstetrícia, colocando em risco a continuidade do atendimento às pacientes usuárias do Sistema Único de Saúde. Com efeito, desde 01 de agosto de 2019, foi convencionado com a Secretaria de Saúde do Município de Itabuna, que o Hospital Manoel Novaes continuaria atuando na área de obstetrícia em regime de portas reguladas, com dedicação às pacientes de alto risco, o que ensejou a readequação dos plantonistas obstetras. Naquela oportunidade ficou estabelecido que as gestantes classificadas como de baixo risco seriam atendidas por outra unidade de saúde. Acontece, todavia, que o que foi convencionado não foi do cumprido de forma correta, pois embora esteja recebendo exclusivamente para atender as parturientes de alto risco, o Hospital Manoel Novaes vem recebendo diuturnamente um elevado número de pacientes classificadas com de risco habitual (baixo risco), sobrecarregando os plantonistas.
Importante anotar que o acréscimo no volume de atendimentos às beneficiárias do SUS, cuja remuneração é muito baixa, foi discutida em audiência realizada no dia 22 de agosto de 2019, na sede do Ministério Público, presidida pelo Dr. Patrick Pires da Costa, MD Promotor Público da área de saúde, contando com a participação do prefeito Fernando Gomes e do provedor desta Santa Casa, o Dr. Eric Ettinger de Menezes Júnior, entre outros, onde ficou acordado entre as partes que a SCMI e o município de Itabuna, através da SMS garantiriam a celebração de contrato provisório, o que de fato ocorreu no mês de setembro/2019, ficando o Hospital Manoel Novaes atendendo apenas os casos de alto risco e mais a demanda espontânea de pacientes oriundos dos municípios de Santa Cruz da Vitória, Buerarema, Almadina, São José da Vitória, Itapé, Maraú e Firmino Alves, que não têm unidade hospitalar.