Na primeira entrevista concedida após a posse, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem (3) que não pretende retomar a cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) nem aumentar alíquotas. Avisou ainda que, mesmo com, a oposição de alguns governadores, não pretende partir para o enfrentamento.
“Não posso fazer uma guerra com os governadores do Nordeste, atrapalhando as pessoas [da região]”, afirmou o presidente com exclusividade ao SBT. Ele aproveitou para brincar: “Espero que não venham pedir dinheiro”.
Impostos
Bolsonaro negou que pretende retomar a cobrança do imposto sobre cheques e elevar alíquotas para a contribuição previdenciária do funcionalismo público. Segundo ele, o que planeja é implementar a fusão de tributos, mas não detalhou como será feito.
De acordo com o presidente, é fundamental buscar os pontos pelos quais escoam o dinheiro público. Ele levantou dúvidas sobre a liberação de recursos para eventos esportivos e culturais que, na sua avaliação, são elevados. Para ele, há indícios de corrupção na movimentação financeira de órgãos públicos.
O presidente afirmou que manterá o Bolsa Família. No entanto, vai revisar o programa para evitar desvios, mas jamais acabar com os repasses. “Seria um ato de desumanidade retirar a bolsa para essas famílias”, disse.
Após o PSL, partido de Bolsonaro, fechar hoje apoio à reeleição do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele optou pela neutralidade. O presidente da República disse não ter restrições aos nomes já postos para comandar a Casa, mas quer a vitória de alguém que consiga dialogar com ele. “Nós queremos é dialogar com quem quer dialogar.”
Política externa