Do UOL, em Brasília
A Polícia Federal contabilizou um total de R$ 42.643,500,00 (quarenta e dois milhões, seiscentos e quarenta e três mil e quinhentos reais) e US$ 2.688,000,00 (dois milhões, seiscentos e oitenta e oito mil dólares americanos) em dinheiro apreendido em malas num apartamento em Salvador supostamente ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) nesta terça-feira (5).
Pelo cotação corrente, o valor total apreendido foi de R$ 51.030.866,40 (cinquenta e um milhões, trinta mil, oitocentos e sessenta e seis reais e quarenta centavos)
Uma operação da Polícia Federal encontrou um "bunker" repleto de dinheiro atribuído, inicialmente, ao ex-ministro, segundo as investigações. No apartamento, os investigadores localizaram diversas caixas com mais de mil cédulas.
Geddel é investigado pela Operação "Cui Bono?" pelas suspeitas de pertencer a um esquema de liberação de créditos da Caixa Econômica Federal em troca de propina. Ele foi preso no dia 3 de julho, mas cumpre prisão domiciliar graças a um habeas corpus.
Nesta terça-feira, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em Salvador. As buscas foram autorizadas pelo juiz da 10ª Vara Federal Vallisney de Souza Oliveira.
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Malas de dinheiro em endereço atribuído a Geddel Vieira Lima em Salvador
Segundo o MPF-DF (Ministério Público Federal no Distrito Federal), o Núcleo de Inteligências da PF passou a suspeitar de que Geddel poderia estar escondendo evidências de seu envolvimento em crimes apurados pelas investigações.
No dia 14 de julho, segundo o despacho, a PF recebeu uma ligação telefônica informando sobre a movimentação de caixas em um apartamento num condomínio da capital baiana. Segundo a PF, o apartamento pertenceria a um homem chamado Silvio Silveira.
Segundo o empresário Lúcio Funaro, Geddel teria recebido ao menos R$ 20 milhões em propinas referentes à liberação de empréstimos. Geddel chegou a ser vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa.
A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa do ex-ministro, mas ela vinha negando o envolvimento de Geddel nos crimes atribuídos a ele.