Conteúdo, revista Veja; foto, Wilson Dias/Agência Brasil
Em um dos trechos da gravação Joesley Batista e Ricardo Saud discutem reservadamente quais autoridades deveriam ser gravadas por eles para compor o acervo do acordo de delação premiada que negociavam com o Ministério Público Federal. Na divisão de tarefas, Saud teria ficado com a incumbência de gravar o ex-ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, enquanto a Joesley cabia registrar em áudio conversas com o presidente Michel Temer, o que efetivamente foi feito. “Então vai ser o cerco no Zé e eu com o Temer”, resumiu Joesley.
Na discussão sobre quais autoridades estariam na mira dos delatores, os dois afirmam ter informações que comprometem o senador tucano Aécio Neves (MG). “Vamos pegar o Aécio também. Ele vai ficar chateado”, diz Saud.
Embora Joesley considere Aécio um político de importância menor diante de alvos como Michel Temer, o empresário dono da JBS se justifica: “Ele ficou pequenininho… (risos). Não, nós vamos, só porque ele é bandidão mesmo. Você sabe que esse aqui, os outros vai ficar pequenininho, pequenas causas, não vai precisar”.
Ao longo das investigações, o Ministério Público afirmou que a jornalista Andrea Neves, irmã de Aécio, pediu 40 milhões de reais ao empresário Joesley Batista. Leia Mais »
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