As autoridades de saúde dos Estados Unidos, na última quinta-feira, relataram em seu território o primeiro caso de infecção bacteriana que se mostrou resistente até mesmo a um antibiótico utilizado como último recurso.
Dessa forma, eles expressaram uma grave preocupação de que essa bactéria possa representar um sério risco para infecções contagiosas, conforme relatado pela Reuters.
Segundo o diretor Thomas Frieden, do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, “estamos correndo o risco de estar em uma era pós-antibióticos”. Essa preocupação já é uma velha conhecida, já que, com o passar do tempo, as estirpes de bactérias evoluem juntamente com o avanço da Medicina.
O caso que levantou a bandeira vermelha no país é de uma mulher, de 49 anos de idade, da Pensilvânia, que desenvolveu uma infecção no trato urinário. Segundo Frieden, a bactéria presente nela era resistente à colistina, um antibiótico de último recurso reservado apenas em casos de bactérias extremamente perigosas.
A infecção em questão já foi publicada na Antimicrobial Agents and Chemotherapy e é referida como o primeiro caso de uma superbactéria infectada com um pequeno pedaço de DNA (plasmídeo) com um gene chamado MCR-2, conferindo resistência à colistina.