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quarta-feira, 1 de junho de 2016

Alzheimer: terapia com cannabis pode melhorar cérebro

Foto: reprodução
Cientistas europeus descobriram que alguns efeitos da cannabis, nome científico da planta da maconha, pode ajudar no tratamento do Alzheimer.

A planta pode melhorar o consumo de energia pelo cérebro, que fica deficitário durante a doença.

O estudo, em ratinhos, foi liderado pela Universidade de Coimbra e pelo Centro para a Investigação Biomédica em Doenças Neurodegenerativas de Espanha e publicado em Março na revista Neuropharmacology.

O desafio agora é separar os efeitos negativos e positivos da cannabis no tratamento.

O principal ingrediente psicoativo da planta, tetrahidrocanabinol (THC), atua sobre dois recetores, “CB1” e “CB2”, localizados no cérebro, algo como o bem e o mal.

Os receptores CB1 estão associados à morte neuronal, distúrbios mentais e vício em drogas ou álcool.

Já os recetores CB2 anulam muitas das ações negativas dos CB1, protegendo os neurônios, promovendo o consumo de glicose (energia) pelo cérebro e diminuindo a dependência de drogas.

A pesquisa constatou “que os recetores CB2, quando estimulados por análogos do THC quimicamente modificados para interagirem apenas com os recetores CB2 sem ativar o CB1 – evitando os efeitos psicotrópicos e mantendo os efeitos benéficos – promovem o aumento de captação de glicose no cérebro”.

Palavras de Attila Köfalvi, autor principal do artigo e pesquisador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da (CNC) da Universidade de Coimbra (UC).

Experiências adicionais com outras técnicas mostraram que este efeito do CB2 não se limita aos neurônios mas estende-se a outras células do cérebro que ajudam no funcionamento dos neurônios, os astrócitos.

No futuro, esta descoberta poderá abrir caminho para uma terapia paliativa na doença de Alzheimer”, diz o pesquisador.

A pesquisa contou com apoio internacional do CAI de Cartografia Cerebral do Instituto Pluridisciplinar da Universidade Complutense de Madrid, do Instituto de Tecnologia de Madrid e do Instituto de Investigações Bioquímicas de Bahía Blanca da Universidade Nacional del Sur da Argentina. Com informações do BoasNotícias

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