Um conjunto de fatores internos e externos poderá levar o Brasil a ter a mais baixa porcentagem de crescimento entre os países do Brics (bloco de países emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em 2014.
Sites especializados em projeções de crescimento apontam que o País crescerá em torno de 0% a 0,5%, um número bem abaixo do 1,9% de 2013.
“No ano passado já havíamos crescido pouco e este ano a economia quase parou”, disse Paulo Wrobel, pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas dos Países Brics.
Wrobel afirma que o baixo crescimento é um sinal do desgaste do modelo econômico que o Brasil vem seguindo desde o governo Lula, baseado no consumo doméstico e na expansão do crédito, já que o País já vinha tendo um crescimento abaixo de outros países emergentes nos últimos anos.
— Houve uma expansão da chamada classe média, mas agora a capacidade de consumo dessas pessoas se esgotou, quem comprou um carro nos últimos anos não vai comprar mais um.
Fatores internacionais também contribuíram para o baixo crescimento brasileiro deste ano. Entre eles, está a queda no preço das commodities — bens primários com cotação internacional, como soja e minério de ferro.
Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de janeiro a outubro deste ano, as exportações do agronegócio tiveram uma queda de 3% em relação ao registrado no mesmo período do ano passado.