O El Pais informa que o escândalo de desvios de ao menos 10 bilhões de reais da Petrobrás que parecia grudar apenas nos partidos governistas, porém, é mais amplo. Conforme oito líderes partidários ouvidos nesta semana, as principais legendas brasileiras se preparam para uma enxurrada de críticas por terem seus correligionários envolvidos nas denúncias e, pior, de batalhas nos tribunais.
A estimativa é que entre 60 e 100 congressistas, a maioria deles deputados e ex-deputados, estejam em vias de serem investigados pela ligação com a quadrilha que tomou conta da maior companhia brasileira entre 2004 e 2012, entre os governos petistas de Lula da Silva e Dilma Rousseff. Alguns parlamentares já começaram a consultar advogados sobre o passo a passo de um processo jurídico e de como se livrar da prisão. A rede política não envolve apenas os integrantes da base do Governo Dilma Rousseff, mas também oposicionistas.
Vazamentos feitos à mídia já mostraram que surgiram nos depoimentos os nomes dos presidentes da Câmara e do Senado, Henrique Eduardo Alves e Renan Calheiros, ambos do PMDB. O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e ex-governadores como Sérgio Cabral, do PMDB do Rio de Janeiro, e do finado Eduardo Campos, do PSB de Pernambuco, também teriam sido citados. Os envolvidos e seus correligionários negam qualquer irregularidade. Após prender executivos das maiores empreiteiras brasileiras, deter ex-diretores da Petrobras, comprovar o pagamento de propinas e influenciar os procedimentos internos da Petrobras, a Operação Lava Jato deve agora mostrar toda sua ramificação política. E, pelo visto, não será nada pequena. Fonte:Marcos Dantas
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