Júlio César Cardoso/Bacharel em Direito e servidor federal aposentado/Balneário Camboriú-SC
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) disse nesta quinta-feira (23), em pronunciamento no Plenário, que o aumento do montante reservado para o fundo partidário foi reivindicado pela maior parte dos partidos. Relator do Orçamento 2015, Jucá foi quem incluiu no projeto aprovado pelo Congresso o aumento de R$ 289,5 milhões para R$ 867,5 milhões na destinação de verbas para o chamado Fundo Partidário. O acréscimo de cerca de R$ 500 milhões para serem distribuídos entre os partidos políticos foi sancionado pela presidente Dilma Rousseff. "Não foi feito nada na calada da noite", disse Romero Jucá. Fonte Agência Senado.
O senador é talhado para defender qualquer proposta de governo. Romero Jucá e outros parlamentares continuam muito distanciados das vozes das ruas, que não empinam bandeira partidária e que exigem mudança de comportamento político. Só uma intervenção, para enxugar esse Congresso Nacional, inchado e inoperante, será capaz de moralizar o Parlamento.
A democracia foi reconquistada, é verdade, com sacrifícios, mas os hóspedes do Congresso são os piores possíveis, graças ao imoral voto obrigatório, trocado por qualquer moeda com os incautos eleitores, que continuam elegendo e reelegendo políticos mequetrefes, mais interessados no cabide de emprego, em tirar vantagem da coisa pública, bem como na facilitação de caminhos para os seus negócios escusos.
Para manter o poder e fazer agrado aos partidos (mormente o PMDB), ou seja, um amontoado de siglas partidárias sem identificação ideológica, a presidente Dilma não teve escrúpulo em sancionar o FUNDO PARTIDÁRIO de R$ 867,5 milhões, mas, de seu Brasil, Pátria Educadora, não vacilou em cortar R$ 7 bilhões da educação. Uma vergonha!