Lei amplia serviços nos Centros de Atenção Psicossocial e busca tratar dependentes
Liane Borges, do SBT Brasil

Com a popularização das apostas online, o problema tem crescido. No primeiro semestre de 2025, mais de 17,5 milhões de pessoas apostaram em plataformas digitais, gastando, em média, 164 reais por mês, de acordo com o Ministério da Fazenda. Segundo o psiquiatra Gabriel Okuda, a experiência digital atrai pelo apelo visual e estímulos rápidos, facilitando o vício.
Histórias como a de Alexandre e Leandro ilustram os impactos disso. Ambos perderam controle financeiro e emocional devido ao vício. Leandro, funileiro, relata ter perdido 25 mil reais. “Precisava me tratar, estava perdendo o foco de tudo”, explica.
“Usei empréstimos e esgotei tudo, só pensava em jogar”, conta Alexandre, operador de máquina.
A medicina alerta que a ludopatia é semelhante à dependência química, já que o excesso de dopamina no cérebro gera sensação de prazer que dificulta parar de apostar, mesmo após perdas significativas.
Na rede privada, a busca por tratamentos triplicou, segundo Lúcio Mauro, dono de uma clínica na Grande São Paulo. “Os pacientes chegam destruídos emocional, financeira e psicologicamente”, afirma.
O programa nos CAPS busca mitigar esses danos, padronizando o atendimento no estado. “Quanto antes o transtorno é identificado, mais rápido evitamos estragos na vida do paciente e da família”, reforça Okuda.
A ludopatia é o terceiro vício mais frequente no país, atrás apenas do álcool e do cigarro. Com a nova medida, São Paulo espera oferecer esperança e recuperação para quem precisa de ajuda.
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