A Justiça do Rio de Janeiro alegou que "a destruição do carro dificultou a investigação do caso"
Foto: Marlan Kling/G1
Edilson Barbosa dos Santos, conhecido como Orelha, acusado de ser o responsável pela destruição do veículo utilizado na morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes foi condenado pela justiça do Rio de Janeiro a cinco anos de prisão. O advogado Felipe Souza, que defende Orelha, afirmou que vai recorrer da decisão.
Orelha foi preso em fevereiro após investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro confirmar informações dadas na delação do ex-PM Élcio de Queiroz, responsável por conduzir o carro de onde o ex-PM Ronnie Lessa confessou ter disparado contra as vítimas.
“A sentença foi baseada apenas na delação do Élcio. E a delação tem que vir de outros elementos de prova. A pena também foi exagerada porque ele é réu primário”, alega o advogado.
Na sentença, o juiz Renan Ongaratto, da 37ª Vara Criminal, afirma que a destruição do carro dificultou a investigação do caso, “prejudicando a confiança dos cidadãos nas instituições responsáveis pela observância da lei e manutenção da ordem pública”. Ainda de acordo com os promotores, o suspeito é conhecido de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, ambos presos desde 2019, acusados de matar a vereadora e seu motorista.
“A destruição do carro embaraçou as investigações daqueles homicídios, impossibilitando a realização de perícia criminal no veículo e, assim, contribuindo para que os executores dos crimes somente se tornassem suspeitos de seu cometimento quase um ano após a ocorrência das infrações e, por conseguinte, contribuindo para que os suspeitos de serem os mandantes só se tornassem conhecidos neste ano de 2024, seis anos após as mortes”, afirmou o magistrado.
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