Por Bruno Leite / BN
Foto: Cecília Bastos/Usp Imagens
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De acordo com ela, o uso excessivo de telas, principalmente pós-pandemia da Covid-19, tem feito com haja um aumento desenfreado da miopia e, consequentemente, uma maior incidência de pessoas relatando sintomas típicos da condição óptica.
"Pacientes que não eram míopes desenvolveram essa condição, e isso vai de crianças a idosos, e também há pacientes que eram míopes e o grau foi aumentado. Há ainda os pacientes que eram hipermétropes e foram miopizados, ou seja, a hipermetropia deles diminuiu, induzindo a miopia", explicou a especialista sobre o assunto.
Ela sugere, no entanto, que o aparecimento dos tais pontos pretos, não está relacionado diretamente com a exposição. "Essa visão, que a gente chama de fotopsia, o mais famoso 'mosca volante', pode acontecer independente do uso excessivo de tela, é uma opacidade que dá no vítreo, um gel que a gente tem no olho que é transparente".
As pessoas idosas e míopes são justamente as mais suscetíveis a sentir o incômodo. "Mas não há nenhum risco de causar cegueira. Só é chato porque vai ter aquele pontinho passando", pontua Uzel.
A situação, considerando o nome popular, rende até boas risadas no consultório. "Brinco com meus pacientes no consultório que infelizmente não existe inseticida para o olho", disse.
O fator emocional pode interferir na própria percepção da pessoa sobre o aparecimento da "mosca volante". "Se o paciente está mais estressado, mais agoniado, ele vai perceber com mais frequência. Depois que ele acostuma, vai viver a vida dele", finalizou.
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