Aliados têm expectativa que Zambelli seja suspensa por 90 dias e se adeque às normas, caso contrário, será cassada
Foto: Michel Jesus/ Agência Câmara
O partido PL, o ex-presidente Jair Bolsonaro e a Câmara dos Deputados decidiram não apoiar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no Conselho de Ética da Casa. Ela, conhecida por ser uma defensora fervorosa de Bolsonaro, está entre os alvos dos processos que devem ser abertos nesta terça-feira (30) no conselho. Em seu caso específico, ela é acusada de proferir xingamentos e constranger o deputado Duarte (PSB-MA) durante uma audiência na Câmara.
De acordo com a colunista Andreia Sadi, do G1, o processo em andamento pode resultar na cassação da deputada. No entanto, a expectativa inicial é que a punição seja mais branda, consistindo em uma suspensão de 90 dias. Caso a deputada não se adeque às normas, líderes do centrão afirmam que ninguém fará esforços para evitar sua cassação.
Conforme a coluna, durante uma recente conversa com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, Bolsonaro expressou sua desinteresse em relação a Zambelli e ainda a responsabilizou pela derrota no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, quando, no sábado anterior à votação, Zambelli foi flagrada apontando uma arma para um homem negro em uma rua de São Paulo. Esse incidente teve uma repercussão negativa e reforçou a ligação entre o bolsonarismo e a violência armada.
Além do mais, aponta a colunista, há a percepção de aliados de Bolsonaro que uma possível cassação de Zambelli pode enviar um sinal aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que o ex-presidente, atualmente alvo da Corte por causa de suas ações golpistas em 8 de janeiro, está se distanciando dos extremistas.
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