Por Leonardo Valente / BN
Foto: Zig Koch/SOS Mata Altântica/Mata Atlântica
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O Atlas da Mata Atlântica também aponta a derrubada de mais de 20.075 hectares entre outubro de 2021 e outubro de 2022. Essa área corresponde a cerca de mil campos de futebol. 91% da área desmatada se concentram nos estados de Minas Gerais, Bahia, Paraná, Mato Grosso do Sul e Santa Catarina.
Enquanto oito estados registraram aumento (Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Sergipe), nove mostraram redução (Ceará, Goiânia, Mato Grosso, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo).
Como resultado, foram lançados 9,6 milhões de toneladas de CO2 equivalente na atmosfera.
Apesar de apresentar uma redução de 7% em relação ao ano anterior, o número é o segundo maior nos últimos 6 anos e está 76% acima do valor mais baixo já registrado, em 2017 a 2018, quando foram desmatados 11.399 hectares.
Enquanto 0,9% das perdas aconteceram em áreas protegidas, 73% ocorreram em terras privadas, o que indica que as florestas vêm sendo destruídas para dar lugar a pastagens e culturas agrícolas. Outra causa principal apontada é a especulação imobiliária nas proximidades das grandes cidades e no litoral brasileiro.
O Atlas da Mata Atlântica é um estudo realizado desde 1989 pela Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e apoio técnico da Arcplan, cuja nova edição, lançada na semana do Dia Nacional da Mata Atlântica, 27 de maio, conta com patrocínio do Bradesco e da Fundação Hempel.
MUDANÇA NA LEGISLAÇÃO
A Medida Provisória 1150, aprovada neste mês no Senado, abre brechas para que a restauração florestal no Brasil nunca aconteça. Deste modo, a garantia do cumprimento da Lei da Mata Atlântica e ao Código Florestal também está em risco.
Além disso, a MP ainda possui graves “jabutis” – emendas sem relação com o tema principal da proposta legislativa. A emenda chegou a ser impugnada no Senado, mas voltou à Câmara dos Deputados que reintegrou os jabutis ao texto. Agora a medida vai para sanção ou veto do presidente da República.
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