Presidente do partido terá de explicar utilização do fundo partidário em elaboração de documento contra urna eletrônica
Foto: Agência Brasil
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, tem 24 horas para explicar o uso do fundo partidário para elaboração do relatório contra as urnas eletrônicas. O prazo foi dado pela Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral.
O documento divulgado pelo partido aponta 24 supostas falhas no sistema eleitoral brasileiro, baseado em uma auditoria feita pelo PL.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) afirmou que o documento tem conclusões “falsas e mentirosas” e analisa se vai abrir investigação sobre a divulgação do material.
O presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, ainda mandou que o documento seja anexado ao inquérito das fake news para a apuração criminal dos idealizadores da nota.
Há integrantes do PL de olho em quanto podem perder se embarcarem nessa conspiração e preocupados com as candidaturas e campanhas.
Esse episódio expõe uma divisão na sigla. Uma ala mais pragmática que diz respeito a um partido que não é de agora, que já tem cravado seu nome na história da política brasileira e esteve na base de sustentação de outros governos; e tem uma outra ala, mais nova, chamada de bolsonarista.
Quando Bolsonaro confirmou sua ida ao PL, ele levou consigo vários parlamentares que eram do antigo PSL, hoje União Brasil, e acabou abrindo um grupamento dentro do partido de pessoas mais associadas à ala ideológica e às intenções bolsonaristas.
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